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Por que a democracia é boa para os negócios?

Trabalhadores em preparação no palco do Fórum Econômico Mundial, evento anual tradicionalmente realizado em Davos, na Suíça, e que reúne líderes empresariais e políticos em discussões globais
Estudos mostram que regimes democráticos promovem crescimento econômico sustentável, estabilidade institucional e ambiente favorável ao investimento

Em tempos de polarização política e ameaças à estabilidade institucional, uma pergunta ganha força nos círculos empresariais: qual o impacto da democracia sobre os negócios? 

A resposta, segundo estudos recentes, é clara e contundente: democracias são melhores para o crescimento econômico, para a inovação e para a previsibilidade regulatória — três pilares essenciais para qualquer ambiente de negócios saudável.

Pesquisas conduzidas por instituições como a Brookings Institution e o European Consortium for Political Research indicam que a democratização pode aumentar o PIB per capita entre 20% e 25% ao longo de 25 anos. 

Democracias também, segundo os estudos, tendem a garantir melhor provisão de bens públicos, como educação, saúde e infraestrutura, além de canalizar disputas políticas para o diálogo institucional, evitando rupturas violentas e instabilidade.

Outro ponto relevante levantado pelos estudos mostra que, ao contrário da crença de que autocracias são mais eficientes para promover crescimento acelerado, dados mostram que esse tipo de regime apresenta maior volatilidade econômica e risco de colapso. 

Assim, para cada China com crescimento robusto, há um Zimbábue ou Venezuela com desempenho desastroso sob regimes autoritários.

Democracias, por sua vez, oferecem:

     

      • Ambiente regulatório previsível

      • Proteção à propriedade privada e liberdade de expressão

      • Maior acesso à educação e saúde, formando força de trabalho qualificada

      • Menor risco de corrupção sistêmica e favorecimento político

    Esses fatores criam um ecossistema propício à inovação, ao investimento de longo prazo e à atração de talentos — elementos que sustentam o crescimento econômico duradouro.

     

    Os riscos da autocracia para o setor privado

    Empresas que operam sob regimes autoritários enfrentam riscos significativos, como:

       

        • Aplicação punitiva de impostos e licenças

        • Discriminação no acesso a contratos públicos

        • Extorsão disfarçada de contribuição política

        • Instabilidade regulatória e decisões imprevisíveis

      O caso da Hungria atual parece ser mais emblemático: políticas econômicas voláteis, perseguição a empresas independentes e favorecimento de aliados políticos geraram fuga de cérebros e retração econômica. 

      O mesmo ocorreu no sul dos Estados Unidos durante o período Jim Crow, quando a exclusão política e racial comprometeu o desenvolvimento regional por décadas.

       

      O papel estratégico do setor empresarial

      Diante desse cenário, especialistas defendem que o setor privado tem papel decisivo na defesa da democracia. A organização de associações empresariais não partidárias, o apoio a políticas públicas inclusivas e o engajamento em causas como transparência eleitoral e proteção de direitos civis são formas concretas de preservar o ambiente democrático — e, por consequência, o ambiente de negócios.

      “A democracia não é apenas um valor moral, mas um ativo econômico. Empresas que ignoram isso correm o risco de apoiar regimes que, no longo prazo, minam a própria viabilidade dos negócios”, alerta Vanessa Williamson, pesquisadora da Brookings.

       

      Democracia como vantagem competitiva

      De acordo com os dados dos estudos, a democracia oferece mais do que liberdade política — ela constrói as bases de um mercado funcional, estável e inovador. Para o setor empresarial, apoiar a democracia não é apenas uma questão de princípio, mas uma estratégia inteligente de longo prazo. 

      E em um mundo cada vez mais interconectado e sensível à reputação institucional, empresas que operam em ambientes democráticos têm mais chances de prosperar, atrair investimentos e se adaptar às transformações sociais e tecnológicas.

       

      Para saber detalhes da votação no STF sobre o atentado ao Estado Democrático no Brasil e tentativa de golpe de Estado votado e concluído nesta semana, visite: https://portal.stf.jus.br/

      GZM esclarece que optou por utilizar apenas fontes e estudos internacionais e reconhecidos como relevantes para usar o distanciamento desses agentes dos fatos em curso no Brasil como maior garantia de isenção das declarações.

      GZM declara que respeita, celebra e apoia a produção acadêmica brasileira.

      GZM declara que apoia a democraciaIntegralmente.

       

      Vanessa Williamson, pesquisadora da Brookings Institute: “A democracia não é apenas um valor moral, mas um ativo econômico. Empresas que ignoram isso correm o risco de apoiar regimes que, no longo prazo, minam a própria viabilidade dos negócios”.

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