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Aperam leva soluções de baixo carbono à COP 30 para destacar integração entre floresta e indústria

Ézio Santos, diretor de Operações, detalhou o modelo de produção do Aço Verde Aperam e os coprodutos florestais Divulgação/Aperam
Empresa apresenta soluções para reforçar o papel da indústria na transição para modelos de baixo carbono

A Aperam, produtora global de aços inoxidáveis, elétricos e especiais, com operações florestais e industriais integradas no Brasil por meio da Aperam BioEnergia, apresentou, na COP 30 em Belém (PA), um conjunto de tecnologias voltadas à descarbonização, circularidade e bioenergia que vêm sendo aplicadas em suas operações no Brasil. 

A empresa participou de debates e painéis ao lado de representantes de governos, instituições internacionais e especialistas, reforçando o papel da indústria na transição para modelos produtivos de menor impacto climático.

Entre os destaques levados ao evento estão o Aço Verde Aperam, o uso de biochar, bio-óleo, tecnologias de reaproveitamento hídrico e soluções industriais baseadas em coprodutos florestais.

Cadeia integrada e produção em larga escala

Durante os debates, a empresa apresentou seu modelo de produção baseado em florestas renováveis de eucalipto no Vale do Jequitinhonha (MG), que abastecem a cadeia produtiva do aço inox fabricado na Usina de Timóteo, no Vale do Aço.

Segundo Ézio Santos, diretor de Operações da Aperam BioEnergia, o sistema já opera em escala industrial: “Trabalhamos no desenvolvimento de tecnologias que nos permitem ser cada vez mais produtivos e sustentáveis. Não se trata de testes ou projetos-piloto, e sim de um sistema produtivo em larga escala”.

A Aperam BioEnergia produz atualmente 440 mil toneladas de carvão vegetal por ano, utilizando tecnologias 4.0, fornos automatizados e queimadores de gases desenvolvidos internamente.

Coprodutos florestais e industriais

A empresa também destacou o uso integral da matéria-prima como estratégia de descarbonização. A partir da carbonização da madeira, além do carvão vegetal, são produzidos:

  • Biochar, que remove CO₂ da atmosfera e melhora a qualidade do solo
  • Bio-óleo, combustível renovável que pode substituir derivados fósseis

No ambiente industrial, resíduos como a “lama grossa” da aciaria são transformados em briquetes, enquanto a moinha de carvão é comercializada para uso energético por empresas parceiras.

Projeto Água Circular propõe novo modelo de uso hídrico

Outro tema apresentado foi o Projeto Água Circular, desenvolvido em parceria com a Copasa em Itamarandiba (MG). A iniciativa prevê o reaproveitamento integral dos efluentes sanitários tratados na cidade para uso nas operações florestais e industriais da Aperam.

Com capacidade para tratar 35 litros por segundo, o sistema permitirá o reuso de cerca de 1,1 milhão de m³ de água por ano. O investimento total é de R$ 5 milhões, incluindo a instalação de 2,5 km de adutora e um sistema adicional de filtragem.

De acordo com Marina Soier, gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Aperam BioEnergia: “O projeto reforça nosso compromisso com a sustentabilidade das operações e da região, ampliando o uso de recursos provenientes de reuso e circularidade”.

Atualmente, cerca de 70% da água consumida pela empresa já provém de recirculação, reuso ou captação de chuva. Antes da COP 30, a Aperam participou de eventos preparatórios que discutiram inovação climática e tecnologias de baixo carbono. No First Global Innovation Forum, no Rio de Janeiro, a empresa contribuiu para debates promovidos pelo United Nations Climate Change Global Innovation Hub (UGIH). No 3º Minas Day, também no Rio, apresentou o bio-óleo renovável como alternativa aos combustíveis fósseis.

Em São Paulo, marcou presença no Sustainable Innovation Forum, promovido pela Climate Action, com estande dedicado à economia circular e soluções de bioenergia.

Inovação como vetor da transição climática

A participação da Aperam na COP 30 reforça o movimento de empresas que buscam integrar práticas florestais, industriais e tecnológicas para reduzir emissões e ampliar a eficiência de recursos. As iniciativas apresentadas mostram como setores tradicionais, como o siderúrgico e o florestal, têm adotado soluções de bioeconomia e circularidade para atender às metas globais de clima e sustentabilidade.

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