O Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, será palco da segunda edição do Festival É,Faz&Fala, que acontece em 19 de setembro de 2025. Organizado pela agência anacouto, o evento se consolida como um dos principais fóruns de branding e inovação do país, reunindo presencialmente 370 participantes e cerca de 5 mil online em um único dia.
Com foco em brasilidade, criatividade e impacto social, o festival propõe uma abordagem prática e colaborativa para o desenvolvimento de pessoas e negócios. A programação é dividida em três eixos — Inspirar, Construir e Conectar — e inclui talks online, workshops e painéis presenciais com nomes de destaque do mercado.
Conteúdo distribuído em três eixos
- Inspirar: A partir de 1º de setembro, 14 talks online abordam temas como branding, tecnologia, cultura e inovação social.
- Construir: Em 8 de setembro, cinco workshops convidam o público a cocriar soluções com especialistas.
- Conectar: No dia 19, o Museu do Amanhã recebe os painéis presenciais e a transmissão online, promovendo trocas entre profissionais de diferentes áreas.
Entre os curadores estão Cris Naumovs (criatividade), Diego Barreto (tecnologia e negócios), Luiz Antônio Simas (brasilidade), Adriana Barbosa (inovação social) e Ana Couto (branding).
Ecossistema de conhecimento: O festival é parte de um ecossistema maior que inclui o podcast É,Faz&Fala, a plataforma de educação LAJE e a ferramenta de gestão de marca Valometry. A agência anacouto, responsável pelo evento, atua há mais de 30 anos no mercado e já colaborou com marcas como Natura, Havaianas, CBF, Raízen e Brastemp.
E para saber mais detalhes do evento, a GZM conversou com Ana Couto, CEO da agência e também autora do livro A (R)evolução do Branding, finalista do Prêmio Jabuti 2024 e best-seller na categoria negócios, além de ser reconhecida como uma das maiores especialistas e referência sobre branding no Brasil. Confira:
GZM: Como o conceito de brasilidade tem evoluído no contexto do branding e da inovação?
Ana Couto: A brasilidade deixou de ser apenas um traço estético ligado a cores ou símbolos culturais e passou a ocupar um papel estratégico no branding. Hoje, ela traduz a capacidade de metabolizar influências, transformar diversidade e adversidade em soluções criativas e originais, inspiradas pela antropofagia cultural. Ao ser incorporada às marcas, a brasilidade conecta inovação, autenticidade e impacto econômico, fazendo da criatividade brasileira um diferencial competitivo tanto para fortalecer identidades locais quanto para ganhar relevância no cenário global.
GZM: Quais são os principais aprendizados da primeira edição que influenciaram a curadoria de 2025?
Ana Couto: A primeira edição mostrou que o público valoriza conteúdo profundo em uma linguagem acessível e aplicável, e que a troca verdadeira acontece quando diferentes perspectivas se encontram. Também evidenciou a importância de equilibrar técnica e cultura, conectando inovação, branding e brasilidade.
Esses aprendizados inspiraram a curadoria de 2025, que amplia a representatividade e a diversidade de vozes, trazendo exemplos práticos capazes de gerar impacto real nos negócios e na sociedade.
GZM: De que forma o festival contribui para democratizar o acesso ao conhecimento sobre marca e negócios?
Ana Couto: O festival contribui para democratizar o acesso ao conhecimento sobre marca e negócios ao reunir especialistas, líderes e empreendedores em um espaço de troca onde conteúdos estratégicos, antes restritos a círculos corporativos ou acadêmicos, são compartilhados com um público mais amplo.
Com linguagem acessível, aproxima diferentes perfis e amplia a difusão de ideias e práticas que fortalecem o ecossistema de negócios de forma inclusiva e colaborativa.
GZM: Como o Valometry tem sido utilizado pelas empresas para mensurar o valor de suas marcas?
Ana Couto: O Valometry vem sendo usado pelas empresas para medir o valor de marca de forma mais completa, unindo dados de percepção, lealdade, relevância e diferenciação no índice Branding Value Score (BVS).
Ele permite acompanhar a evolução da marca, comparar com concorrentes, avaliar campanhas ou crises e orientar investimentos em branding. Assim, transforma métricas subjetivas em dados estratégicos que guiam decisões e fortalecem a competitividade.
GZM: Quais tendências emergentes você enxerga para o futuro do branding no Brasil?
Ana Couto: O futuro do branding no Brasil caminha para marcas mais autênticas, que tratam a brasilidade como diferencial estratégico. Com apoio de dados e tecnologia, será possível medir valor em tempo real, mas o verdadeiro desafio estará em unir transparência e impacto positivo. Assim, o branding deixa de ser apenas discurso e se afirma como ação que cria conexões duradouras e relevância global.
Serviço
- Data: 19 de setembro de 2025
- Local: Museu do Amanhã, Rio de Janeiro
- Ingressos: R$ 100 (online) / R$ 1.300 (presencial)
- Site: festivalefazfala.com.br