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 Capital de risco aposta em filmes independentes

Eva Victor criou e estrelou "Sorry, Baby", que foi vendido por US$ 8 milhões em uma disputa de lances após sua estreia no Festival de Cinema de Sundance. Matt Licari/Invision/AP
Fórmula de sucesso das produtoras reside na combinação de filmes com apelo de nicho e uma forte presença de marca

O mercado de cinema independente vive uma reviravolta que atrai a atenção de gigantes do capital de risco. Filmes que, há pouco tempo, teriam poucas perspectivas financeiras, como dramas de nicho e produções sem grandes estrelas, estão se tornando sucessos de bilheteria e gerando retornos surpreendentes, despertando o interesse de empresas como Thrive Capital e Sequoia.

A ascensão de produtoras como A24 e Mubi — que recentemente receberam rodadas de investimento bilionárias — está mudando o panorama. Essas empresas apostam em um novo modelo de negócio: em vez de depender de grandes nomes ou sequências, elas constroem suas próprias marcas, cultivando um público fiel e engajado, especialmente entre as gerações mais jovens.

A estratégia por trás do sucesso

A fórmula de sucesso dessas produtoras reside na combinação de filmes com apelo de nicho e uma forte presença de marca. A A24, por exemplo, não apenas financia e distribui produções originais, mas também vende produtos de marca, criando uma comunidade de fãs que veem o selo A24 como uma garantia de qualidade.

Essa abordagem não se limita apenas à distribuição. A publicidade é voltada para o público jovem, com campanhas inteligentes nas redes sociais, pôsteres que são verdadeiras obras de arte e trailers instigantes. O resultado é um público que se sente parte de algo exclusivo e autêntico, disposto a investir em filmes que, para uma geração anterior, poderiam ser considerados “chatos e enfadonhos”.

Um exemplo notável é o drama independente “Sorry, Baby”. O filme, que teria poucas chances há uma década, garantiu um contrato de US$ 8 milhões após sua estreia e alcançou a maior média de bilheteria por tela em seu fim de semana de lançamento. Esse desempenho, apesar de não ser um blockbuster, representa um salto monumental e ilustra a transformação do mercado.

O consultor cinematográfico David A. Gross, da FranchiseRe, resume a tendência: “Esses distribuidores estão fazendo um trabalho excelente em se manter próximos de seu público — mantendo o engajamento e construindo confiança. É uma maneira específica de fazer negócios e eles foram pioneiros nisso.” A nova onda do cinema independente mostra que, com a estratégia certa, filmes fora do circuito comercial podem se tornar um negócio lucrativo e atrair a atenção do mercado financeiro global.

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