A Climate Week NYC 2025, maior evento global dedicado à ação climática, acontece entre os dias 21 e 28 de setembro em Nova York, reunindo líderes governamentais, empresariais, acadêmicos e da sociedade civil para debater os caminhos rumo a um futuro mais sustentável. Em sua 18ª edição, o encontro se consolida como plataforma estratégica para decisões que moldarão políticas públicas e práticas empresariais nos próximos anos.
Entre os destaques da programação está a participação da Schneider Electric, multinacional com forte atuação no Brasil e que é especializada em gestão de energia e automação, que coloca a resiliência energética no centro das discussões. A empresa apresenta novas pesquisas e iniciativas voltadas à eletrificação, digitalização e infraestrutura preparada para inteligência artificial (IA), com foco em garantir acesso confiável à energia e fortalecer a sustentabilidade hídrica.
Superciclo energético e infraestrutura resiliente
Segundo Jean-Pascal Tricoire, presidente do conselho da Schneider Electric, o mundo vive um “superciclo energético”, impulsionado pela eletrificação de edifícios, indústrias, veículos e sistemas urbanos. “Nosso foco nesta semana está em medidas práticas em relação à demanda, rede e fornecimento que aprimorem a confiabilidade, mantenham os custos previsíveis e adicionem capacidade mais rapidamente para cidades, indústrias e comunidades em todo o mundo”, afirmou o executivo durante o painel “Preparado para o futuro com a Schneider Electric”.
A empresa defende que a infraestrutura energética precisa evoluir para acompanhar o ritmo da transformação digital e da adoção de IA, especialmente em setores como manufatura avançada e mobilidade elétrica.
Pesquisa sobre pobreza energética
Durante o evento, o Instituto de Pesquisa em Sustentabilidade da Schneider Electric lançou o white paper “Pobreza Energética: A visão global da Schneider Electric para energia sustentável para todos”. O estudo reformula o conceito de pobreza energética como um triplo desafio: acesso, acessibilidade e confiabilidade.
A análise estima que entre 685 milhões e 3,3 bilhões de pessoas no mundo enfrentam algum grau de pobreza energética, com média global de 1,3 bilhão. Como solução, o documento propõe o uso de microrredes solares com armazenamento e governança local inclusiva, capazes de ampliar o tempo de atividade, gerar valor econômico e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
Água como prioridade empresarial
Outro tema abordado pela Schneider Electric foi a gestão hídrica. A empresa divulgou os resultados de uma pesquisa com executivos norte-americanos que revela uma lacuna entre ambição e ação em relação à infraestrutura hídrica inteligente. O relatório aponta que a água está se tornando um ativo estratégico para a resiliência empresarial e o planejamento urbano, especialmente diante da escassez de recursos e da pressão por eficiência.
IA e ecodesign: parceria com Makersite
Anunciado como parte de seu compromisso com a inovação sustentável, a Schneider Electric anunciou a iniciativa LC-Analytics (Life Cycle Analytics), desenvolvida em parceria com a empresa Makersite. A solução utiliza IA para gerar gêmeos digitais de milhares de produtos, automatizando dados de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) e Declarações Ambientais de Produto (DAPs).
A tecnologia permite decisões mais rápidas e precisas em ecodesign, contribuindo para a descarbonização dos produtos e a redução de impactos ambientais ao longo da cadeia de valor.
Climate Week NYC: uma cidade em movimento
Organizada pelo Climate Group, a Climate Week NYC 2025 acontece em diversos locais da cidade, com centenas de eventos paralelos promovidos por instituições públicas, privadas e comunitárias. A programação inclui desde encontros de alto nível sobre políticas climáticas até exposições artísticas e iniciativas locais de engajamento.
A edição deste ano promete ser a maior da história, com foco em acelerar investimentos em tecnologias limpas, reduzir barreiras à inovação e promover colaboração entre setores. A expectativa é que os debates influenciem decisões estratégicas em governos e empresas por toda a próxima década.