A creator economy pode não ser algo que, como negócio, consegue ser entendido por muitas pessoas, então vale explicar que ela é um ecossistema formado por indivíduos que geram renda criando e distribuindo conteúdo digital, produtos autorais e serviços personalizados diretamente para suas comunidades.
Ela inclui desde influenciadores, podcasters e streamers até educadores, designers, escritores independentes e empreendedores digitais. Com o crescimento das plataformas online, como YouTube, TikTok, Substack, Patreon e Twitch, milhões de pessoas passaram a construir carreiras fora dos modelos tradicionais de emprego, monetizando criatividade, conhecimento e influência.
É nesse cenário e setor que atua a Kirvano, uma plataforma brasileira que transforma conhecimento em negócios digitais e que acaba de concluir sua primeira rodada de captação Série A por meio de investimento anjo. O movimento marca uma nova fase de crescimento acelerado e reforça a aposta da empresa na economia dos criadores — setor que já movimenta bilhões globalmente e ganha cada vez mais relevância no Brasil.
Com o aporte em caixa, a Kirvano anuncia Alexandre Brito como co-CEO, ao lado do fundador, Lorram Félix. Brito traz mais de 20 anos de experiência em tecnologia, pagamentos e regulação, com passagens por Mastercard, GE e Hub Fintech (adquirida pela Magalu). Ele será responsável pelas áreas de gestão, comercial, marketing e internacionalização, prevista para ainda este ano.
Números e metas ambiciosas
Hoje, a Kirvano soma 2,4 milhões de clientes — entre infoprodutores, afiliados e co-afiliados — e 140 mil produtos digitais, como cursos, e-books e mentorias. A meta é ousada: dobrar de tamanho em 18 meses, alcançando 5 milhões de clientes e 400 mil produtos ativos na plataforma.
Para isso, a empresa investirá em governança corporativa, tecnologia de pagamentos e inovação na experiência de criadores e consumidores. Um dos destaques é o lançamento de um novo espaço de desenvolvimento e treinamento, previsto para os próximos meses, com foco na capacitação de infoprodutores desde a criação até a venda, com suporte técnico especializado.
Propósito e expansão
Fundada em 2024 por Lorram Félix, a Kirvano nasceu com o propósito de transformar a vida de quem ensina e empreende na internet. A missão da empresa é facilitar esse caminho com tecnologia simples, eficiente e acessível..

Com a chegada de Brito à liderança, a empresa espera reforçar sua ambição em se posicionar como referência global na creator economy, conectando conhecimento, tecnologia e impacto social. “Atrás de cada venda existe um sonho a ser realizado”, afirma Félix.
Para saber mais sobre o momento da empresa, a GZM conversou com Alexandre Brito e Lorram Félix, Co-ceos da Kirvano. Confira:
GZM: Como o investimento Série A vai impactar diretamente a experiência dos criadores na plataforma?
R: Como a maioria do uso dos recursos será para a contratação de desenvolvedores, o impacto na experiência dos infoprodutores será total, pela criação de novas soluções que os ajudem a monetizar seu próprio conhecimento
GZM: Quais são os principais diferenciais da Kirvano frente a outras soluções do mercado de infoprodutos?
R: Aqui focamos muito em buscar soluções efetivas para problemas reais. Um infoprodutor que não sabe como fazer um e-book, quiz e até como promover digitalmente seu produto, encontra soluções nas plataformas tecnologicas da Kirvano. Para os mais experientes, temos áreas de membros, controles e acompanhamentos de co-produtores e afiliados e já já levaremos eles para fora do país
GZM: O que motivou a escolha de Alexandre Brito como co-CEO e como será a divisão de responsabilidades na liderança?
R: A experiência do Brito em meios de pagamento (onde ficou por mais de 12 anos liderando os novos negócios da MasterdCard no cone sul da América Latina), onde ele também criou o primeiro BaaS (Hub Fintech) da américa latina a posteriori vendida para a Magalu e sua experiência em gestão em empresas como GE, nos mostrou um fit perfeito em nossas necessidades dado nosso crescimento acelerado e também o fato de além de uma plataforma educacional, também sermos uma fintech.
GZM: Como a empresa pretende abordar o processo de internacionalização e quais mercados estão no radar?
R: Neste primeiro momento a internacionalização passa por levar os INFOS brasileiros para fora do país e monetizarem seus conteúdos em moedas fortes, para tanto iniciaremos por EUA e Europa e mais pra frente America Latina, Ásia, África e Oriente Médio.
GZM: De que forma o novo centro de capacitação vai contribuir para a profissionalização dos infoprodutores?R: Como compromisso de entregar mais que uma plataforma, mas uma parceria de longo prazo com o nosso cliente, esta parte educacional feita por profissionais que possuem “skin in the game” irão ensiná-los estratégias e boas práticas de mercado para melhorar seus resultados.
