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Condor avança em sustentabilidade com inovação premiada

Premiadas no Prêmio Inovação e Disrupção 2025, Além da Condor, Melhoramentos ficou com o segundo lugar e CLS Brasil, em terceiro (Divulgação)
Reconhecimento veio pelo lançamento da primeira esponja biodegradável do Brasil, resultado de dois anos de pesquisa e desenvolvimento


A inovação deixou de ser apenas um diferencial competitivo e passou a ser uma exigência estratégica para empresas que desejam liderar mercados e gerar impacto real e a Condor, que atua em segmentos diversos como Limpeza Doméstica e Profissional, Higiene Bucal, Beleza e Ferramentas para Pintura, acaba de provar isso. A empresa conquistou o 1º lugar na categoria Impacto Ambiental ou Social do Prêmio de Disrupção em Inovação, promovido pela Gröwnt durante o GT Innovation Summit 2025.

O reconhecimento veio pelo lançamento da primeira esponja biodegradável do Brasil, resultado de dois anos de pesquisa e desenvolvimento. O projeto venceu concorrentes de todo o país e foi avaliado por meio do SDI – Score de Disrupção em Inovação, algoritmo patenteado que considera as melhores práticas globais e foi auditado pelo supercomputador Apollo 2000, da UFPA.

“Inovar com propósito é o que nos move. Levar essa conquista para o GT Innovation Summit, entre tantos projetos incríveis, é uma confirmação do nosso trabalho: unindo eficiência, tecnologia e cuidado com o planeta”, afirma Fernanda Djanikian, diretora de Marketing da Condor.


Inovação que responde aos desafios ambientais

Lançada em maio na APAS Show, a Esponja Biodegradável Condor representa um marco na história da empresa. Desenvolvida com tecnologia de ponta, ela contém um aditivo orgânico incorporado à sua formulação ainda na fase inicial da produção. Esse aditivo acelera a decomposição da esponja em ambientes anaeróbicos — até 25 vezes mais rápido do que esponjas convencionais, que podem levar de 100 a 600 anos para desaparecer.

O processo é altamente técnico: em contato com ambientes sem oxigênio, o aditivo promove a formação de um biofilme que atua diretamente nas cadeias do polímero, tornando a estrutura atrativa para microorganismos que aceleram a degradação. O resultado é a geração de gás metano (CH₄), gás carbônico (CO₂) e húmus, fechando um ciclo virtuoso de sustentabilidade.

A conquista da Condor reforça a importância de investir em pesquisa e desenvolvimento com foco em impacto. O projeto envolveu testes rigorosos, certificações internacionais e uma equipe multidisciplinar dedicada a unir desempenho e sustentabilidade.

Segundo Cristiano Vicente, diretor de inovação da Gröwnt, o uso do SDI e a auditoria técnica garantem a credibilidade do prêmio: “O primeiro lugar da Condor demonstra o nível elevado de inovação do projeto, com base em variáveis técnicas e referências globais como o Manual de Frascatti.”

E para saber mais sobre as iniciativas de inovação e sobre a premiação, a GZM conversou com Gerson Grohskopf, gerente de Marketing do segmento Limpeza da Condor. Confira:


GZM: Quais foram os principais desafios técnicos enfrentados durante o desenvolvimento da esponja biodegradável?

Gerson: A esponja para lavar louça composta por espuma e abrasivo é muito popular no Brasil. Carinhosamente chamada de “buchinha” em algumas regiões, ela possui características únicas, difíceis de serem replicadas com outros materiais. 

Por ser composta quase que totalmente por polímeros (plástico), seu descarte acaba sendo complexo: apesar de ser passível de reciclagem, esse reprocessamento é dispendioso visto que a espuma possui um peso específico muito baixo, limitando a atratividade econômica para cooperativas e recicladoras. Fizemos exercícios em oferecer ao mercado esponjas com materiais diferentes, desde a versão natural (bucha vegetal) até versões híbridas com composição em celulose. 

Os principais retornos dos consumidores eram quanto ao baixo desempenho no ato de limpar as louças, dificuldade na flexibilidade, sem abrasividade para limpeza mais pesada, durabilidade limitada, entre outros. 

Com essa visão, de que o consumidor não está muito disposto em mudar seu comportamento de uso, fomos buscar alternativas nos materiais e aditivos com os quais a esponja convencional é fabricada. Depois de buscar referências internacionais, optamos pela aplicação de um aditivo orgânico que torna o polímero biodegradável em ambientes anaeróbicos (sem oxigênio – caso dos aterros sanitários). 

O primeiro exercício foi feito na manta abrasiva, então testada em laboratório, e foi um sucesso. Entretanto, não poderíamos nos limitar à manta abrasiva, tínhamos que aplicar na espuma também. Porém, o processo de espumação é muito mais complexo, foram dezenas de testes da incorporação do aditivo no processo até chegar no resultado de uma espuma com praticamente as mesmas características da espuma da esponja convencional. Com as amostras em mãos, foi enviado novamente para o laboratório nos EUA para proceder com o teste de envelhecimento acelerado por 399 dias, onde comprovou-se que a esponja proposta consegue uma degradação 25 vezes mais rápida que a versão convencional.

GZM: Como a cultura de inovação é estimulada dentro da Condor para gerar soluções com impacto ambiental?

Gerson: Com 96 anos de história, a inovação sempre fez parte do DNA da Condor. Hoje a empresa caminha para um futuro integrando tradição, eficiência, sustentabilidade e inovação de forma estratégica. Desde sua fundação em 1929, a Condor tem evoluído com resiliência e propósito, mantendo-se fiel à sua filosofia de fazer melhor a cada dia e ampliando sua presença e seu portfólio nos lares brasileiros com mais de 1.500 produtos, exportação para dezenas de países e crescimento contínuo.

Alinhada à sua trajetória, a Condor estimula a sustentabilidade, com ações concretas como:

Economia circular robusta: em 2023, transformou mais de 36 milhões de garrafas PET em vassouras, reaproveitou quase 300 toneladas de sobras de produção, captou 1.402.000 litros de água de chuva e utiliza energia 100% renovável, com redução de 46% no consumo de energia.

Logística reversa premiada: em 2025 ao alcançar 57% de plástico reciclado como matéria-prima e compensar 22% das embalagens com parcerias com cooperativas e plataformas como a Eureciclo, a Condor foi reconhecida no 31º Prêmio Expressão de Ecologia, categoria “Práticas de Economia Circular”

Eficiência energética e ambiental contínua: implantação de lâmpadas de alta eficiência nas unidades, redução do consumo de água e plásticos, e adoção de práticas ESG incorporadas às operações são práticas diárias na Condor.

Essa cultura sustentável integrada ao DNA da empresa conjuga a força de uma trajetória quase centenária com inovação prática e responsabilidade socioambiental, refletindo o que há de mais relevante para um mundo que valoriza empresas conscientes, responsáveis e preparadas para o futuro.

GZM: De que forma o reconhecimento no Prêmio de Disrupção pode influenciar a estratégia de inovação da empresa nos próximos anos?

Gerson: O reconhecimento no Prêmio de Disrupção foi um marco importante para a Condor, pois reforça o valor da inovação dentro da nossa trajetória quase centenária.

Em primeiro lugar, esse reconhecimento representa a valorização dos times e das pessoas envolvidas, fortalecendo o engajamento e demonstrando que suas contribuições são fundamentais para o futuro da empresa.

Além disso, o prêmio atua como um impulsionador para que nossos colaboradores avancem ainda mais na criação de produtos, serviços e processos disruptivos, conectados às demandas ambientais, sociais e de mercado.

Por fim, inspira toda a organização a adotar uma mentalidade criativa e uma atitude inovadora, consolidando a inovação como um pilar estratégico que guiará nossas escolhas nos próximos anos. Assim, o reconhecimento não apenas celebra conquistas, mas também amplia nossa capacidade de transformar desafios em oportunidades, garantindo que a Condor continue relevante, sustentável e inovadora no futuro.

GZM: Há planos para aplicar essa tecnologia biodegradável em outros produtos da linha de limpeza?

Gerson: Sim, já existem estudos para estender a aplicação do aditivo orgânico em outros produtos da Condor, inclusive em outras categorias além de itens para Limpeza. Ainda há um desafio quanto ao impacto no custo dos produtos, pois o aditivo é importado, mas teremos muitas novidades nos próximos meses. Trata-se de um desenvolvimento de médio prazo, visto que os testes em laboratório podem levar mais de um ano para conseguir resultados robustos e consistentes.

GZM: Como a Condor enxerga o papel das parcerias com universidades e centros de pesquisa na aceleração de projetos inovadores?

Gerson: A Condor entende que as parcerias com universidades e centros de pesquisa são fundamentais para acelerar projetos inovadores e ampliar nosso impacto e desenvolvimentos internos. Essa conexão fortalece o modelo da hélice da inovação, que une empresas, universidades, governo e a comunidade, gerando benefícios não apenas para os envolvidos diretamente, mas também para a competitividade e o desenvolvimento sustentável da região.

Praticar a inovação aberta é essencial: reconhecemos que nem sempre todo o conhecimento está dentro da empresa e, por isso, buscamos ativamente conexões com parceiros externos que possam complementar nossas competências. Essa integração possibilita acesso a novas tecnologias, metodologias de pesquisa e diferentes perspectivas que enriquecem o processo de inovação.

Com isso, a Condor amplia sua capacidade de criar soluções disruptivas, sustentáveis e alinhadas às necessidades da sociedade, reforçando o compromisso de inovar de forma colaborativa e estratégica.


Gerson Grohskopf, gerente de Marketing do segmento Limpeza da Condor: “Praticar a inovação aberta é essencial: reconhecemos que nem sempre todo o conhecimento está dentro da empresa e, por isso, buscamos ativamente conexões com parceiros externos que possam complementar nossas competências“.

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