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Conexões que geram legado: o papel da força coletiva como transformador de negócios

Koenigkan também preside a rede Mercado & Opinião, dedicada ao networking corporativo de alto impacto.
Marcos Koenigkan é empresário e investidor com atuação em setores como real estate, crédito corporativo e inovação em serviços. É fundador do Boutique de Crédito MEO Bank e está à frente de negócios como o Catálogo das Artes, a LK Engenharia e o grupo Show Self Storage

Nasci e cresci em Brasília, uma cidade planejada, símbolo da força da visão coletiva. Desde cedo, aprendi que nenhuma transformação acontece de forma isolada. Assim como o urbanismo da capital foi fruto de uma rede de arquitetos, engenheiros e gestores, o desenvolvimento empresarial, cultural e institucional também depende da capacidade de conectar pessoas em torno de propósitos comuns.

Ao longo da minha trajetória, percebi que as redes empresariais não são apenas espaços de negócios, mas sim motores de transformação comercial e social. Quando empreendedores se reúnem, compartilham experiências e criam parcerias, multiplicando oportunidades que se refletem diretamente em cada núcleo. 

Quando uma empresa cresce, o comércio local se fortalece, novos serviços surgem, a circulação de investimentos aumenta e o ambiente urbano se torna mais dinâmico.

Segundo dados do Sebrae, 99% das empresas brasileiras são micro e pequenas e respondem por 30% do PIB nacional. Esse universo só se mantém competitivo graças à capacidade de criar conexões — em associações, cooperativas, redes de negócios e eventos setoriais. 

Não à toa, estudos da Organização Internacional do Trabalho mostram que empreendimentos inseridos em redes têm até 20% mais chances de sobreviver nos primeiros cinco anos do que os que atuam de forma isolada. O sucesso do setor de franquias no Brasil, é exemplo disso.

No campo cultural, o impacto é igualmente relevante. Redes sólidas têm o poder de apoiar artistas, promover eventos e valorizar identidades. Meu primeiro negócio, ainda adolescente, nasceu justamente da venda de obras de artistas de um goiano e, foi graças a essa conexão entre economia e cultura que percebi a potência das trocas. O empreendedorismo, quando aliado à cultura, gera pertencimento e contribui para que comunidades se reconheçam em seus próprios talentos.

Do ponto de vista institucional, as redes empresariais criam pontes entre setores que muitas vezes caminham de forma desconectada. Durante encontros de network surgem soluções para desafios como mobilidade, sustentabilidade e educação empreendedora. Essas conexões ajudam a desenhar políticas mais próximas da realidade de quem produz.

Por isso, acredito que o papel das redes empresariais vai muito além de gerar negócios: trata-se de construir legados. Um grupo bem estruturado pode transformar bairros, inspirar novas práticas culturais e fortalecer instituições. Esse movimento é especialmente importante no Brasil, um país de dimensões continentais e marcado por grandes desigualdades regionais.

Hoje, quando promovo encontros que reúnem empresários, empreendedores criativos, acadêmicos e gestores públicos, enxergo mais do que trocas comerciais: vejo sementes sendo plantadas em terrenos férteis. Grupos empresariais, como o Mercado & Opinião, por exemplo, são instrumentos de cidadania, porque aproximam pessoas que têm interesses comuns.

Se Brasília nasceu como um símbolo de planejamento urbano coletivo, cabe a nós, empresários, fazer com que cada rede que criamos seja também um símbolo de desenvolvimento institucional. Afinal, uma cidade só cresce de verdade quando suas conexões humanas florescem. É isso é válido para qualquer núcleo empresarial.

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