Em um cenário de transição energética acelerada, os eventos especializados do setor de energia no Brasil em 2025 se tornaram verdadeiros catalisadores de inovação, articulação institucional e geração de negócios. Com o avanço das fontes renováveis, a digitalização da matriz elétrica e os desafios de acesso em regiões remotas, encontros técnicos e feiras comerciais têm desempenhado papel decisivo na construção de soluções integradas e sustentáveis.
A Informa Markets, uma das principais organizadoras de eventos B2B do mundo, está à frente de iniciativas que reúnem milhares de profissionais, empresas, startups e representantes do poder público em torno de temas como geração distribuída, eficiência energética, hidrogênio verde, armazenamento e regulação.
Eventos como a Ensolar, Future Energy Summit e o Congresso de Transição Energética têm atraído públicos cada vez mais diversos, com foco em negócios, formação técnica e políticas públicas. Além das exposições, os encontros oferecem painéis, workshops, rodadas de investimento e espaços para networking qualificado.
“Nosso papel é promover diálogos e viabilizar conversas que se transformam em ações concretas e impulsionam o desenvolvimento do setor no país”, afirma Hermano Pinto, diretor de relações institucionais da Informa Markets.
Por isso, a presença de agentes reguladores, como Aneel e EPE, e de representantes do Ministério de Minas e Energia, reforça o papel dos eventos como espaços de escuta e formulação de políticas. Já a participação de startups e universidades garante a oxigenação do setor com novas ideias e soluções.
Impacto direto na cadeia produtiva
Segundo dados da própria Informa Markets, os eventos do setor de energia realizados em 2025 movimentaram mais de R$ 1 bilhão em negócios, com destaque para acordos de fornecimento, parcerias tecnológicas e expansão de redes de distribuição.
Além disso, os encontros têm contribuído para a capacitação de profissionais, com mais de 20 mil pessoas participando de atividades formativas ao longo do ano. A disseminação de boas práticas e o compartilhamento de experiências entre diferentes regiões do país também têm fortalecido a coesão do setor.
Energia como vetor de desenvolvimento
Em um país com desafios estruturais de acesso à energia — especialmente na Amazônia Legal e em comunidades isoladas — os eventos têm promovido discussões sobre modelos descentralizados, justiça energética e bioeconomia. A troca de experiências entre agentes locais e grandes players do setor tem gerado soluções adaptadas às realidades regionais.
Encontro Mercado Livre 2025: inovação, benchmarking e expansão do setor energético
Um dos destaques do calendário profissional do setor de energia está “batendo à porta”, o Encontro Anual do Mercado Livre de Energia (EAML) 2025, também promovido pela Informa Markets em parceria com a Abraceel.
O Encontro será realizado nos dias 26 e 27 de novembro no Royal Palm Plaza Resort, em Campinas (SP), e sob um novo formato, mais dinâmico e aberto a congressistas, com liberdade de hospedagem e foco na experiência completa dos participantes. A edição especial comemora os 25 anos da Abraceel e traz uma programação voltada para benchmarking internacional, inovação regulatória e estratégias de expansão do Ambiente de Contratação Livre (ACL).
O evento reunirá cerca de 400 executivos do setor, incluindo 105 líderes C-level associados à Abraceel, representantes de comercializadoras, fornecedores de tecnologia e autoridades do setor elétrico. Entre os palestrantes confirmados estão Alex Cruickshank (Oakley Greenwood), João Nuno (ACEMEL), Rodrigo Ferreira (ABRACEEL) e Sebastian Novoa (AICE).
A presença de especialistas internacionais e cases de sucesso de outros mercados energéticos reforça o caráter estratégico do encontro, que busca inspirar soluções aplicáveis ao contexto brasileiro.
Os painéis do EAML 2025 irão abordar temas como abertura total do mercado livre de energia, personalização de produtos e serviços para o consumidor final, competitividade e inovação regulatória, bioeconomia e transição energética justa e experiências internacionais em descarbonização e descentralização.
Além disso, o evento irá promover rodadas de negócios, espaços de networking e debates com autoridades públicas, consolidando-se como um ambiente de articulação entre agentes do setor.
Impacto no desenvolvimento do setor
Segundo a Informa Markets, os eventos especializados como o EAML têm papel decisivo na aceleração da transição energética, ao conectar empresas, startups, universidades e formuladores de políticas públicas. Em 2025, os encontros organizados pela empresa movimentarão mais de R$ 1 bilhão em negócios e capacitarão mais de 20 mil profissionais.
E para saber mais sobre os eventos e as iniciativas da Informa Markets, a GZM conversou com Hermano Pinto, diretor de relações institucionais da empresa. Confira a entrevista completa a seguir:
GZM: Como os eventos organizados pela Informa Markets têm contribuído para acelerar a transição energética no Brasil?
Hermano Pinto: A Informa Markets atua como uma grande plataforma de conexão entre todos os agentes do ecossistema energético. Ao reunir esses atores em eventos como o Brazil Windpower, o ENASE (Encontro Nacional do Setor Elétrico) e o Encontro Anual do Mercado Livre de Energia (EAML), criamos um ambiente de troca qualificada que acelera a agenda da transição energética, aproximando inovação, tecnologia e investimento. Nosso papel é promover diálogos e viabilizar conversas que se transformam em ações concretas e impulsionam o desenvolvimento do setor no país.
GZM: De que forma os eventos ajudam a conectar startups e grandes empresas do setor?
Hermano Pinto: Essa conexão acontece de maneira orgânica e estratégica. Nos eventos, as startups encontram espaço para apresentar soluções disruptivas e dialogar com empresas consolidadas, investidores, academia e órgãos públicos. As grandes companhias se beneficiam do contato com novas ideias e modelos de negócio, fortalecendo a inovação aberta. Também temos investido em programas específicos de matchmaking e curadorias voltadas à inovação, que potencializam essa integração.
GZM: Qual é o impacto direto desses encontros na geração de negócios e parcerias?
Hermano Pinto: Os resultados são expressivos. Nossos eventos funcionam como vitrines e hubs de relacionamento, gerando oportunidades que se materializam em novos contratos, parcerias tecnológicas e expansão de projetos. Há casos de empresas que começaram como expositoras e hoje lideram iniciativas estratégicas de transição energética. O impacto se mede não apenas em volume de negócios, mas também na construção de relacionamentos e na consolidação de uma rede colaborativa que sustenta o crescimento do setor.
GZM: Como a Informa Markets tem promovido a inclusão de agentes públicos e comunidades locais nas discussões?
Hermano Pinto: Acreditamos que a transição energética precisa ser inclusiva, participativa e diversificada. Trabalhamos para ampliar a presença de representantes de ministérios, agências reguladoras, governos estaduais e municipais nos debates, garantindo uma visão plural e integrada. Também incentivamos a multiplicidade de perspectivas através do diálogo com comunidades locais em temas ligados à infraestrutura e sustentabilidade, promovendo desenvolvimento social junto ao avanço tecnológico.
GZM: Quais são os critérios para curadoria de conteúdo técnico e seleção de expositores?
Hermano Pinto: A curadoria é feita em parceria com associações setoriais, especialistas e lideranças do mercado. Buscamos refletir os temas mais atuais e estratégicos do setor, priorizando qualidade técnica, diversidade de visões e relevância para o futuro da matriz energética. No caso dos expositores, valorizamos a representatividade do ecossistema e das cadeias de valor, estimulando o compartilhamento de soluções reais e práticas para os desafios da grande transformação, por que o setor de energia passa, da geração à distribuição, da eficiência ao armazenamento, da digitalização à descentralização e resiliência do sistema.
GZM: Que tendências você enxerga para os eventos do setor de energia nos próximos anos?
Hermano Pinto: O setor caminha para uma integração cada vez maior entre tecnologia, sustentabilidade e regulação. Os eventos tendem a se tornar uma jornada, conectando o físico e o digital, e mais transversais, incorporando temas como descarbonização, hidrogênio, armazenamento, inteligência artificial e eficiência energética. A energia ganha cada vez mais contornos geopolíticos, ampliando os horizontes técnicos e econômicos, impondo uma forte tendência de internacionalização, com o Brasil ocupando um papel central na discussão global sobre transição energética.
GZM: Qual foi o principal diferencial do EAML 2025 em relação às edições anteriores?
Hermano Pinto: O grande diferencial desta edição que ocorre no próximo mês é a amplitude e o caráter internacional do debate. Pela primeira vez, o EAML reúne experiências e cases de sucesso aplicados em outros mercados, trazendo aprendizados que podem inspirar o avanço do setor no Brasil. A abertura para congressistas democratiza o acesso ao conteúdo e amplia a representatividade dos participantes. Outro destaque é o formato dinâmico dos painéis, que prioriza o diálogo entre agentes de mercado, reguladores e consumidores, refletindo o momento de transformação que o setor vive.
GZM: Que tipo de impacto o evento tem gerado na formação de parcerias e novos negócios?
Hermano Pinto: O EAML vem se consolidando como um espaço de interação estratégica e relacionamento qualificado. Além dos debates e painéis, o evento promove encontros de negócios direcionados, estimulando novas parcerias, a negociação de contratos e o surgimento de acordos em áreas como comercialização de energia, geração distribuída e inovação tecnológica. O impacto é perceptível tanto na ampliação da base de players quanto na qualidade dos acordos firmados a partir dos encontros.
GZM: Quais são os temas mais sensíveis e estratégicos a serem discutidos nesta edição?
Hermano Pinto: Os principais temas do EAML 2025 serão o futuro do mercado brasileiro de eletricidade e a integração das experiências internacionais mais avançadas. A ampliação da complexidade do sistema e as modelagens decorrentes da multiplicidade de fontes e dos efeitos climáticos extremos se impõem como prioritários. A programação aborda a abertura total do mercado, a modernização regulatória, a inovação tecnológica e o papel do consumidor na transição energética. Também entram em pauta desafios como curtailment, segurança de suprimento e investimentos em infraestrutura. São temas que exigem equilíbrio entre eficiência econômica, sustentabilidade e planejamento de longo prazo.
GZM: Como a Informa Markets tem promovido a inclusão de diferentes perfis de participantes, como startups e agentes públicos?
Hermano Pinto: A diversidade é um princípio central da atuação da Informa Markets. Em nossos eventos de energia, ela se manifesta na pluralidade de perfis — que reúne startups, agentes públicos, investidores, associações e grandes empresas —, na diversidade de fontes e palestrantes, que traz visões complementares de diferentes elos da cadeia, e na amplitude de temas, que conecta inovação, regulação, sustentabilidade e transição energética.
Também estamos próximos das empresas e do mercado, participando de grupos de trabalho e fóruns setoriais que nos permitem identificar com precisão os assuntos mais relevantes para o momento do setor. Essa escuta ativa orienta nossa curadoria e garante que os debates sejam atuais, equilibrados, plurais e verdadeiramente representativos dos desafios e oportunidades da agenda e governança energética brasileira.
