O BNP Paribas anunciou um aporte de R$ 773 milhões em sua operação brasileira, o maior desde 2019, numa transação que está em avaliação pelo Banco Central, mas já pode ser considerada uma nova fase de expansão do banco no país, reforçando uma estratégia de longo prazo voltada ao mercado corporativo nacional.
O investimento será direcionado à ampliação da oferta de produtos e serviços para empresas brasileiras, com foco em setores como saneamento, energia renovável, mobilidade urbana e infraestrutura tecnológica. A iniciativa, segundo comunicado, está alinhada ao plano global do grupo de fortalecer o segmento de Corporate & Institutional Banking (CIB), voltado a grandes corporações.
Reforço estratégico e novos nomes
Nos últimos meses, o BNP Paribas Brasil passou a contar com novos executivos em posições-chave, como Fábio Mourão, líder do segmento de Clientes Corporativos; Fernanda Guardado, ex-diretora do Banco Central, como economista-chefe para América Latina; e Ricardo Cosenza, à frente da área de Vendas Corporativas. As contratações visam fortalecer a capacidade de análise e atendimento da instituição em um mercado cada vez mais competitivo.
Segundo Ricardo Guimarães, CEO do BNP Paribas no Brasil, o aporte representa uma aposta estratégica na operação local. “Estamos dando início a um novo ciclo da nossa atuação no país, em busca de novas oportunidades de negócios”, afirmou.
Brasil como plataforma regional
A operação brasileira é a única da América Latina que atua em todas as áreas de negócio do grupo, o que confere ao país papel estratégico dentro da estrutura global do BNP Paribas. A presença internacional do banco permite que as equipes locais colaborem com times estrangeiros em decisões de crédito, fusões e aquisições, derivativos, custódia e estruturação de dívida.
Guimarães destaca que o momento é favorável para bancos europeus no Brasil, impulsionado pela busca das empresas por diversificação de parceiros financeiros. “Com o novo aporte, o BNP Paribas consolida sua posição como um dos principais bancos internacionais em atuação no Brasil”, concluiu.
