A França está diante de um novo capítulo econômico. Em meio a sinais de estagnação e crescente pressão política, a primeira-ministra francesa revelou um pacote de reformas voltado para revitalizar a economia do país. As medidas incluem incentivos fiscais para empresas, investimentos em infraestrutura verde e ajustes no mercado de trabalho — tudo com o objetivo de restaurar a confiança dos investidores e impulsionar o crescimento.
Durante uma coletiva em Paris, a líder do governo reconheceu os desafios enfrentados pela França, como o baixo crescimento do PIB e o desemprego elevado, especialmente entre os jovens. Ela afirmou que “a França precisa de uma economia mais ágil, mais justa e mais preparada para o futuro”, destacando que as reformas são necessárias para garantir competitividade global.
Entre os principais pontos do plano estão:
- Redução de impostos para pequenas e médias empresas, com foco em inovação e digitalização.
- Investimentos em energia limpa e transporte sustentável, como parte da transição ecológica.
- Revisão das leis trabalhistas, buscando maior flexibilidade sem comprometer direitos fundamentais.
- Criação de um fundo nacional para capacitação profissional, voltado para setores em transformação.
A proposta gerou reações diversas. Enquanto setores empresariais elogiaram a iniciativa como um passo essencial para destravar o potencial econômico do país, sindicatos e partidos de oposição criticaram o que chamam de “desmonte de proteções sociais” e alertaram para riscos de aumento da desigualdade.
A primeira-ministra, no entanto, mantém o tom otimista. “Estamos construindo uma França mais forte, mais resiliente e mais justa. O tempo de hesitação acabou”, declarou.
A expectativa é que o pacote seja debatido no Parlamento nas próximas semanas, com votação prevista para o início de novembro. Especialistas apontam que o sucesso das medidas dependerá da capacidade do governo de negociar com diferentes setores e garantir apoio político suficiente para sua implementação.
Se aprovado, o plano poderá marcar uma virada na trajetória econômica francesa — ou aprofundar as divisões em um cenário já polarizado.