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Grupo de professores e estudantes visitam obras da Rota Bioceânica

Grupo visitou obras do projeto e, em destaque, a Ponte Internacional, considerada a maior e mais cara obra da Rota Bioceânica

Um grupo integrado por professores e estudantes do curso de Engenharia Civil, da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng), partiu de Campo Grande em direção à fronteira com o Paraguai para conhecer importantes obras que integram a Rota Bioceânica, localizadas no município sul-mato-grossense de Porto Murtinho.

A Rota Bioceânica é um corredor rodoviário internacional de mais de 2,4 mil km que conecta os oceanos Atlântico e Pacífico, passando pelo Brasil, Paraguai, Argentina e Chile. A iniciativa tem como objetivo reduzir o tempo e o custo do transporte de mercadorias entre os países do Mercosul e os mercados asiáticos, via portos do norte do Chile. A expectativa é de uma redução de até 30% nos custos logísticos e de 15 dias no tempo de transporte em relação à rota marítima tradicional pelo Canal do Panamá.

“Deslocar-se aproximadamente 450 km em pouco mais de 7 horas de ônibus para ir as margens de um rio e vislumbrar concreto, aço e movimentação de solo pode parecer uma maneira pouco usual de passar uma sexta-feira para um estudante universitário. Contudo, essa foi a experiência que os acadêmicos do curso de graduação em Engenharia Civil tiveram no dia 3 de outubro de 2025. Após uma árdua semana de aulas, estágio, trabalho e outros compromissos, 35 acadêmicos do curso, acompanhados de três docentes, embarcaram na noite do dia 2 de outubro no ônibus da Universidade rumo a Porto Murtinho (MS) para realizar a visita técnica às obras da Rota Bioceânica”, destaca o professor da Faeng, Andrés Cheung.

Chegando ao local, o grupo iniciou as visitas a dois canteiros de obras: da rodovia de acesso à Ponte Internacional Bioceânica e da própria Ponte Internacional sobre o Rio Paraguai. Além do professor Cheung, também acompanharam os estudantes os professores Sidiclei Formagini e Giovanni Pellizzer. Eles relataram que, no local, os estudantes tiveram a oportunidade de realizar uma conexão entre o conhecimento teórico e prático, sob aspectos de diversas disciplinas do curso, com ênfase nas de Concreto Armado, Pontes de Concreto, Fundações e Segurança do Trabalho.

“Puderam ouvir os relatos de diversos engenheiros e profissionais envolvidos nos canteiros de obras, enriquecendo sua visão técnica e logística dos processos construtivos, processos ambientais e, especialmente, refletindo sob alguns aspectos vivenciados na realidade dos canteiros visitados, irreproduzíveis numa sala de aula. Tiveram também o seu olhar crítico estimulado, desenvolvendo sua capacidade de identificar possíveis falhas, acertos e pontos de melhoria no processo construtivo”, contam. “A visita técnica fortaleceu a visibilidade e relação da UFMS com diversas áreas do setor produtivo, bem como o networking com diversos profissionais de forma a ampliar uma valiosa rede de contatos para futuras parcerias, visitas técnicas, projetos ou palestras”, completa Cheung.

A Ponte Internacional é a maior e mais cara obra da Rota Bioceânica: o orçamento previsto é de investimentos no valor de US$ 100 milhões. A estrutura em estágio avançado de construção (mais de 80%) deve ser concluída em 2026. Ela vai conectar Porto Murtinho à cidade de Carmelo Peralta, no Paraguai, com uma extensão de 1.294 metros e 21 metros de largura. Também está sendo realizado o acesso rodoviário, com 13,1 km, onde são construídas quatro pontes intermediárias, sendo uma delas com quase 700 metros de extensão, devido à travessia de uma área alagada. O acesso contempla ainda viadutos e trecho estaiado com mais de cem metros de altura.

De acordo com informações da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), a estrutura estaiada é considerada estratégica para consolidar a Rota Bioceânica. Além da ponte e dos acessos, está prevista a construção de infraestruturas alfandegárias integradas dos dois lados da fronteira. Segundo a Receita Federal, o fluxo inicial estimado é de 250 caminhões por dia, podendo aumentar à medida que a Rota for consolidada como alternativa logística de exportação e importação para o Mercosul e a Ásia.

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