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Grupo SADA investe R$ 1,1 bilhão em etanol de milho e aposta na diversificação energética

Foto aérea da nova unidade da SADA em Goiás. Operação deve começar em agosto de 2026 Foto: Divulgação/Grupo SADA
Usinas flex em Goiás e Minas Gerais ampliam atuação do grupo na agroindústria e reforçam aposta em biocombustíveis como vetor de crescimento sustentável

O Grupo SADA, maior conglomerado de logística e transporte de veículos zero quilômetro da América Latina, anunciou um investimento de R$ 1,1 bilhão em dois projetos de produção de etanol de milho, com usinas localizadas em Montes Claros de Goiás (GO) e Jaíba (MG). A iniciativa marca a entrada definitiva do grupo na agroindústria de biocombustíveis e reforça sua estratégia de diversificação de portfólio.

As usinas estão sendo adaptadas para operar no modelo “flex”, permitindo o processamento tanto de milho quanto de cana-de-açúcar. Essa configuração garante operação contínua ao longo do ano, reduzindo a dependência da sazonalidade da cana e assegurando maior estabilidade na oferta de biocombustível.

Para garantir o fornecimento de milho, o Grupo SADA iniciou em setembro uma série de road shows com produtores em polos estratégicos como Canarana e Querência (MT), Rio Verde e Paraúna (GO), e Luís Eduardo Magalhães (BA). Novas edições estão previstas para Montes Claros de Goiás e Jaíba. O objetivo é firmar parcerias sólidas para abastecimento contínuo das operações.

Produção e coprodutos com alto valor agregado

A Usina Eber Bio, em Goiás, já tem 30% das obras concluídas e deve iniciar operação industrial no segundo semestre de 2026. A unidade terá capacidade de armazenagem de 160 mil toneladas de milho e produção anual estimada em 180 milhões de litros de etanol. Além disso, serão geradas 123 mil toneladas de farelo DDGS — insumo proteico para ração animal — e 7,5 mil litros de óleo de milho.

Já a Usina SADA Bioenergia, em Jaíba, está em fase de licenciamento ambiental, com previsão de início das operações em 2027. A capacidade de armazenagem será de 120 mil toneladas de milho, com produção anual também estimada em 180 milhões de litros de etanol.

A energia necessária para o processo será gerada a partir da queima do bagaço da cana, aproveitando caldeiras, turbinas e sistemas de refrigeração já existentes. Essa integração entre milho e cana permite ganhos operacionais e ambientais, com reaproveitamento de biomassa e redução de desperdícios.

Segundo Vittorio Medioli, fundador e presidente do Grupo SADA, o investimento é estratégico para ampliar a atuação do grupo na agroindústria e fortalecer sua posição em um dos segmentos mais promissores da economia brasileira. “A ideia é aproveitar a alta demanda por soluções que unem a presença no setor em que o Brasil é competitivo com a necessidade de produção de energia renovável”, afirma.

A produção de etanol de milho será complementar à operação da SADA Combustíveis, que conta com 11 bases de distribuição em 9 estados. De acordo com a União Nacional do Etanol de Milho (UNEM), a produção nacional deverá atingir 15 bilhões de litros anuais até 2032, impulsionada por novos projetos e pela utilização do milho de segunda safra.

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