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Liderar, gerir, empreender: novo livro revela os quatro papéis essenciais da carreira gerencial

Yuri Trafane, consultor empresarial com atuação em gigantes como Coca-Cola, IBM e Natura, lança obra que destrincha os pilares da liderança corporativa e oferece um guia prático para quem deseja crescer na gestão

A ascensão na carreira executiva exige mais do que conhecimento técnico — ela demanda uma transformação profunda de mentalidade. É com esse olhar que o consultor empresarial Yuri Trafane apresenta seu novo livro, Os Quatro Papéis – Lições de liderança, gestão, estratégia e empreendedorismo na carreira gerencial, publicado pela Citadel Editora.

Quatro papéis, uma jornada de excelência

Na obra, Trafane explora os quatro papéis fundamentais que todo profissional em posição gerencial precisa dominar: líder, gestor, estrategista e empreendedor intracorporativo. Cada papel é detalhado com exemplos práticos e reflexões que ajudam o leitor a compreender como engajar equipes, definir metas, pensar estrategicamente e fomentar a inovação dentro das organizações.

Segundo o autor, o sucesso na liderança não depende apenas de entender os diferentes níveis da carreira executiva, mas de saber representar harmonicamente os papéis que cada degrau exige. “É essencial perceber que em cada etapa há um conjunto de papéis diferentes, mas complementares, que devem ser desempenhados com equilíbrio para que o êxito individual e corporativo seja consistente e duradouro”, afirma Trafane na obra (pg. 23).

Experiência que inspira

Com mais de duas décadas de atuação como executivo e consultor, Yuri Trafane traz à tona aprendizados acumulados em projetos com empresas como 3M, Bayer, BTG, iFood, LG, Nestlé, Pão de Açúcar e Walmart. Fundador da Ynner Treinamentos, ele lidera programas de desenvolvimento profissional em grandes corporações e é professor de graduação e MBA.

A abordagem do livro é pragmática e voltada para a ação. Trafane não apenas identifica os desafios enfrentados pelos líderes corporativos, como também oferece caminhos concretos para superá-los. A obra é resultado de sua vivência empresarial e de diálogos com executivos de centenas de empresas atendidas ao longo de sua trajetória.

Para quem é o livro?

Os Quatro Papéis é indicado para profissionais de todas as áreas que desejam aprimorar sua atuação gerencial e alcançar excelência na condução de equipes e negócios. É leitura obrigatória para quem busca prosperidade organizacional com base em competências técnicas, cognitivas e essenciais — todas passíveis de desenvolvimento.

Para saber mais sobre a obra, a GZM conversou com exclusividade com o autor. Confira:

GZM: Como surgiu a ideia de estruturar a carreira gerencial em quatro papéis distintos?

Yuri Trafane: Durante mais de quinze anos como executivo e mais de vinte anos como professor e consultor tive a oportunidade de observar centenas de empresas e milhares de profissionais. Essa observação fez emergir aos poucos um padrão em meio ao cipoal de competências demandadas pelas empresas de seus profissionais na carreira gerencial. 

Um padrão que apontava para quatro núcleos essenciais; quatro aspectos que, quando desenvolvidos, levavam a excelência. Um núcleo ligado a capacidade de engajar e desenvolver pessoas e a quem consegue fazer isso chamei de Líder. Outro núcleo, que baseado na capacidade de fazer com que essas pessoas engajadas e competentes, sejam produtivas, papel que nominei Gestor. 

Um terceiro núcleo ligado a quem consegue fazer com que essas pessoas produtivas trabalhem em uníssono em linha com a estratégia da empresa: o Estrategista. E por fim um conjunto de competências ligadas a força criativa e inovadora para fazer a organização se adaptar continuamente ao mundo que se transforma: o Empreendedor.

GZM: Qual dos quatro papéis costuma ser o mais negligenciado pelos gestores — e por quê?

Yuri Trafane: O Estrategista é o mais negligenciado; e de onde surgem as maiores reclamações. Ouvi de muitos CEOs e CHROs algo como: “Nossa empresa está cheia de gente muito competente trabalhando de forma ensimesmada, focada nas suas atividades, na sua área. Sem uma visão sistêmica.”. 

E isso acontece por dois motivos: um primeiro ligado a neurobiologia humana que tende a focar no que é urgente e de curto prazo, numa perspectiva fragmentada da realidade que os faz acreditar que cada um precisa cuidar do seu (o que Adam Grant desmistifica em seu seminal livro “Dar e Receber”). O segundo aspecto está ligado ao processo de reconhecimento financeiro e emocional das empresas que dizem querer que as pessoas pensem no todo, mas acaba premiando de forma oposta; focada nas conquistas individuais.

GZM: De que forma o empreendedorismo intracorporativo pode ser cultivado em ambientes mais tradicionais?

Yuri Trafane: O ideal é que a postura empreendedora nasça por iniciativa da alta liderança que faça as pessoas saberem que isso é importante para a empresa (Awareness); consigam construir uma cultura que faça as pessoas desejarem ser empreendedoras (Desire); treinem as pessoas com os conhecimentos básicos (Konwledge) e técnicas empreendedoras (Ability) e reforcem essa mensagem continuamente (Reinforcment). 

Mas um profissional isolado ou um pequeno grupo também podem construir ilhas empreendedoras ao redor de si, mas para isso é preciso praticar o que Ginford Pinchot disse em seu livro que difundiu ideia do empreendedorismo intracorporativo: vá ao trabalho todos os dias disposto a ser demitido.

GZM: Como o livro dialoga com os desafios enfrentados por líderes em tempos de transformação digital e ESG?

Yuri Trafane: Cada papel dialoga de forma particular com esses tempos. Por exemplo, o Líder, focado nas pessoas, precisa entender que o respeito a todos os seres humanos, independentemente de suas características, é fundamental, dialogando com o S do ESG. O Estrategista competente entende que a estratégia da empresa precisa respeitar a demanda da sociedade pelo respeito ambiental, dialogando com o E do ESG. Já o Gestor deve estar ciente de que a produtividade não pode ser a qualquer custo, o que está ligado como G do ESG.

GZM: Quais são os erros mais comuns que você observa em profissionais que assumem cargos de gestão pela primeira vez?

Yuri Trafane: O erro mais comum é não entender que ao assumir um cargo de gestão, o profissional deixa de ser alguém que realiza diretamente as coisas e passa a ser um viabilizador de condições para que os outros realizem. Ram Charan já diz em seu famoso livro ”Pipeline de Liderança” que isso tem o poder de travar a carreira de um executivo. Essas pessoas não entendem a máxima: cuide das pessoas e deixe que as pessoas cuidem dos negócios.

GZM: O que diferencia um bom gestor de um líder estratégico, na prática?

Yuri Trafane: A capacidade de equilibrar esses quatro pilares: pessoas, produtividade, abordagem sistêmica e inovação/mudança. Ou seja, a capacidade de representar os quatro papéis: Líder, Gestor, Estrategista e Empreendedor.

GZM: Que conselho você daria a quem está prestes a assumir sua primeira posição gerencial?

Yuri Trafane: Dois conselhos: primeiro, só entre na carreira gerencial se você realmente quiser, se tiver a ver com você e sua essência, e nunca para ganhar um pouco mais e se sentir subindo os degraus corporativos; segundo conselho: prepare-se continuamente e para sempre (seja um Life Long Learner) estudando, observando, aprendendo com os erros e se possível contando com mentores e coaches sérios e competentes.

Ficha técnica

  • Título: Os Quatro Papéis – Lições de liderança, gestão, estratégia e empreendedorismo na carreira gerencial
  • Autor: Yuri Trafane
  • Editora: Ynner / Novaskill
  • ISBN: 978-65-981091-0-3
  • Páginas: 360
  • Preço: R$ 79,00
  • Onde encontrar: Ynner, Amazon

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