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Merck ensina como falar de temas sensíveis no Brasil em 2025

Campanha da farmacêutica foca em documentários para incentivar o diálogo sobre maternidade, fertilidade e planejamento reprodutivo, temas ainda envoltos em tabus no país

A Merck, líder global em ciência e tecnologia, lançou uma campanha nacional para desmistificar e estimular o diálogo sobre temas sensíveis, como o poder de escolha da maternidade e o planejamento reprodutivo. Com o título “Fertilidade também se conversa. Cuide-se hoje. Escolha amanhã”, a iniciativa aborda a lacuna de informação na sociedade brasileira, que, embora ensine sobre prevenção da gravidez, pouco discute a importância de planejar a fertilidade para o futuro.

A campanha é centrada em uma série documental que retrata conversas honestas entre casais (hétero e homoafetivos), amigas e mãe e filha. A proposta é mostrar que, apesar da intimidade, muitos brasileiros evitam falar profundamente sobre esses assuntos. A iniciativa da Merck se baseia em uma pesquisa do IPEC que revelou que 58% das brasileiras desconhecem opções de preservação da fertilidade, e apenas 5% já conversaram sobre o tema com um médico.


Por que o tema é tão sensível?

O planejamento reprodutivo no Brasil tem sido, ao longo dos anos, objeto de intenso debate e até mesmo de polêmicas. Um dos pontos mais delicados é a interseção entre questões de saúde pública, direitos humanos e princípios religiosos.

Organizações de saúde e defensores dos direitos das mulheres argumentam que o acesso à informação e a métodos de planejamento familiar são essenciais para a autonomia feminina e para a redução da mortalidade materna. No entanto, grupos conservadores frequentemente se opõem a certas práticas e abordagens, como o acesso facilitado a contraceptivos e a debates sobre aborto legal, que são considerados parte do planejamento reprodutivo.

A falta de uma política pública coesa sobre o tema e a escassez de educação sexual abrangente nas escolas contribuem para o cenário de desinformação. O resultado é que muitos casais, e principalmente mulheres, chegam à idade adulta com poucas ferramentas para tomar decisões conscientes sobre a maternidade, a fertilidade e a saúde reprodutiva de forma geral. A campanha da Merck tenta preencher essa lacuna ao levar a discussão para o âmbito familiar e social de maneira acessível e direta.


Os objetivos da campanha da Merck

A campanha da Merck busca, em essência, transformar um tabu em um diálogo aberto. Os episódios da série documental abordam uma variedade de temas, desde a reserva ovariana e condições como a endometriose até o congelamento de óvulos e os desafios de casais LGBTQIAP+ na busca pela paternidade ou maternidade. O objetivo principal é incentivar a busca por informações e a realização de exames preventivos.

Conforme explica Juliana Stevanato, gerente médica da Merck para Fertilidade, a campanha levanta uma provocação: por que a sociedade ensina a evitar a gravidez, mas não a planejar a fertilidade? O exame anti-mulleriano (AMH), que mede a reserva ovariana, é um exemplo prático de como a conscientização pode levar a um diagnóstico precoce e a melhores prognósticos.

Além do enfoque nas mulheres, a campanha também ressalta a importância do papel masculino no planejamento reprodutivo. Um dos vídeos mostra casais discutindo o “momento ideal” de ter filhos e desmistifica a ideia de que a infertilidade é um problema exclusivamente feminino, reforçando dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) que apontam que um terço das causas de infertilidade são atribuídas aos homens.

Com a estratégia de comunicação focada em narrativas reais e emotivas, a Merck espera que o público se identifique e se sinta à vontade para iniciar suas próprias conversas. A campanha, que contará com materiais educativos e um site próprio, é um convite para que o planejamento reprodutivo seja visto não como um problema, mas como um direito e uma parte fundamental da saúde e autonomia de cada indivíduo.

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