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Nordeste se firma como polo estratégico da mineração e recebe Exposibram 2025 com foco em inovação e segurança

Pórtico de entrada da Exposibram em 2024, realizado em BH. Edição 2025, em Salvador, celebra o crescimento da importância da região Nordeste no setor
Região já responde por até 20% do faturamento nacional do setor e atrai investimentos em tecnologia e infraestrutura

O Nordeste brasileiro vive um momento de protagonismo no setor mineral. Com polos produtivos que vão do sal marinho potiguar ao gesso pernambucano, passando pelo ouro, cobre e vanádio da Bahia e pelas rochas ornamentais do Ceará, a região já representa entre 15% e 20% do faturamento nacional da mineração — o equivalente a até R$ 27,8 bilhões apenas no primeiro semestre de 2025.

A Bahia lidera em diversidade mineral e movimentou R$ 6,7 bilhões no período, uma alta de 31% em relação ao ano anterior, segundo a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). O Ceará dobrou suas exportações de rochas ornamentais, alcançando US$ 32,4 milhões, enquanto o Rio Grande do Norte mantém sua posição como maior produtor de sal marinho do país, com 95% da oferta nacional.

Esse crescimento é sustentado por uma infraestrutura robusta. O Porto do Itaqui (MA) movimentou 17,2 milhões de toneladas no primeiro semestre e se mantém como o maior do Norte-Nordeste. Já o Terminal de Ponta da Madeira (MA) escoa cerca de 15 milhões de toneladas de minério de ferro por mês para o mercado internacional.

Exposibram 2025: tecnologia e segurança no centro do debate

Esse cenário de expansão será tema central da Exposibram 2025, que acontece de 28 a 30 de outubro no Centro de Convenções de Salvador (BA). Considerado um dos maiores eventos da mineração latino-americana, o encontro reunirá empresas líderes para discutir inovação, segurança operacional e produtividade.

O evento contará com fornecedores de diversas áreas para o setor, incluindo fabricantes de equipamentos e ferramentas de segurança para as operações, um dos pilares fundamentais para garantir a integridade dos trabalhadores, a continuidade das atividades e a conformidade com normas ambientais e trabalhistas. Em um setor marcado por ambientes de alto risco — como minas subterrâneas, escavações profundas e movimentação de cargas pesadas — o uso de equipamentos de proteção e monitoramento é indispensável.

Além dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como capacetes, óculos, respiradores e botas, o setor tem investido em tecnologias embarcadas, como sensores de gás, sistemas de supressão de poeira, rastreamento de ferramentas e manutenção preditiva.

A indústria nacional já conta com empresas especializadas que fornecem soluções para diferentes etapas da operação mineral, entre elas estão:

FabricanteEspecialidade principalDestaques
Dräger BrasilDetectores de gases, câmaras de refúgio, respiradoresDräger X-am® 5000, sistemas integrados
FF EquipamentosMáquinas e sistemas de proteção para mineração pesadaSoluções customizadas
OdebrazEquipamentos industriais e sistemas de segurança operacionalFoco em eficiência e robustez
Milwaukee BrasilFerramentas com desligamento automático e rastreamento digitalSistema ONE-KEY™, linha sem fio
MSA SafetyCapacetes, respiradores, sensores de gásPresença global e certificações NR

Essas empresas já atuam em parceria com mineradoras, cooperativas e distribuidores, oferecendo suporte técnico, treinamento e personalização de soluções conforme o tipo de operação.

E com o avanço da digitalização e da automação, a tendência é que os equipamentos de segurança se tornem cada vez mais inteligentes, conectados e integrados aos sistemas de gestão das minas.

A GZM conversou com uma das empresas que têm se destacado neste setor, a Milwaukee Brasil, unidade brasileira da empresa americana de ferramentas elétricas, fundada em 1924 e que opera no país desde 2015. Confira a seguir a conversa com Paula Cristina Dani, CEO da Milwaukee Brasil:

GZM: Como a Milwaukee Brasil enxerga o papel da tecnologia na transformação da mineração brasileira?

Paula Cristina Dani: Acreditamos que a transformação do setor passa por três eixos: performance com mobilidade, digitalização do ativo de ferramentas e segurança operacional.

Nossas plataformas a bateria M18™ e MX FUEL™ eliminam cabos, geradores e mangueiras, reduzindo riscos e custos de setup. A tecnologia ONE-KEY™ leva rastreabilidade, configuração e telemetria ao chão de mina, enquanto recursos ativos de segurança — como AUTOSTOP™ em furadeiras e RAPIDSTOP™ em esmerilhadeiras — reduzem incidentes.

O resultado é maior produtividade, com menor exposição do trabalhador aos riscos e menor impacto ambiental nas operações.

GZM: Quais são os principais desafios enfrentados pelas operações de alto risco no Nordeste e como suas soluções ajudam a superá-los?

Paula Cristina Dani: Além de contarmos com as ferramentas a bateria mais seguras do mercado, o principal desafio está em capacitar os operadores de forma correta e segura.

Nosso compromisso é garantir o máximo desempenho das máquinas sem comprometer a segurança. Por isso, fornecemos treinamento técnico na entrega dos equipamentos e realizamos reciclagens periódicas, reforçando as boas práticas de operação.

GZM: A empresa anuncia o sistema ONE-KEY como um diferencial. Quais resultados concretos a plataforma já trouxe para os clientes?

Paula Cristina Dani: Com o ONE-KEY, recurso gratuito da Milwaukee, as empresas realizam uma gestão otimizada de inventário, sabendo exatamente onde estão suas ferramentas e evitando perdas ou desvios.

O aplicativo também permite controle de torque, garantindo que o parafuso seja apertado na medida certa — nem além do necessário, evitando espanar a rosca, nem aquém, evitando folgas que comprometem a eficiência e a segurança da operação.

4. Como a empresa adapta suas ferramentas às exigências das normas de segurança como NR-15 e NR-18?

Paula Cristina Dani: Trabalhamos em conjunto com as áreas de Engenharia e HSE/SMS dos clientes para selecionar soluções que:

• Mitiguem agentes previstos na NR-15 (ruído, vibração, poeira respirável) — como sistemas de extração de pó integrada, discos e consumíveis de baixa vibração e recursos de frenagem.

Entre ferramentas pneumáticas, elétricas com cabo e ferramentas a bateria, a última — especialidade da Milwaukee — é a mais silenciosa e estável, garantindo ergonomia adequada.

• Atendam às boas práticas de canteiro previstas na NR-18 — com proteção de partes móveis, manuais e rótulos em português, duplo isolamento elétrico e procedimentos de bloqueio e proteção ao operador.

• Documentação completa: fornecemos fichas técnicas, manuais, declarações de conformidade e relatórios de ensaio de fabricantes e terceiros, quando aplicável.

• Integração com PGR/GRO: nossos técnicos de aplicação apoiam em campo a criação de checklists e POPs, garantindo a inserção adequada das ferramentas no inventário de riscos e planos de ação.

GZM: A linha de ferramentas a bateria tem ganhado espaço. Quais são os planos de expansão dessa tecnologia?

Paula Cristina Dani: A Milwaukee foi pioneira na implementação da tecnologia de íons de lítio em ferramentas a bateria. Conta hoje com mais de 600 engenheiros químicos dedicados ao desenvolvimento das baterias e mais de 150 patentes registradas apenas nessa área.

Somos incansáveis em lançar novas gerações de baterias e ferramentas, mantendo nossa liderança em tecnologia e desempenho.

Um diferencial exclusivo é que preservamos a intercambialidade entre ferramentas e baterias, mantendo o mesmo encaixe compatível ao longo das gerações.

GZM: Como a Milwaukee Brasil contribui para a capacitação dos profissionais que operam seus equipamentos?

Paula Cristina Dani: Capacitamos de três maneiras:

1️ Valorização interna: promovemos o crescimento de nossos profissionais, oferecendo um ambiente desafiador e oportunidades de desenvolvimento pessoal e técnico.

2️ Parcerias com clientes: treinamos mecânicos de manutenção junto aos nossos centros de serviço, capacitando-os a realizar manutenções preventivas e corretivas nas ferramentas.

3️ Equipe técnica nacional: nossos 20 Especialistas de Aplicação, distribuídos em todo o Brasil, realizam seminários de segurança, homologações de ferramentas e treinamentos práticos para garantir operações mais produtivas e seguras.

GZM: Quais são as expectativas da empresa para a Exposibram 2025 e para o setor mineral nos próximos anos?

Paula Cristina Dani: Nossa expectativa é alcançar o maior número possível de setores da mineração, levando soluções em segurança, mobilidade e produtividade.

Mesmo com 10 anos de atuação no Brasil, ainda existem profissionais que enfrentam limitações com ferramentas a bateria que perdem desempenho à medida que a carga diminui.

As ferramentas Milwaukee mantêm desempenho constante do início ao fim da carga e oferecem soluções exclusivas, como: Chave de impacto ½” com mais de 2.000 Nm, Três modelos de chaves de impacto 1”, Torre de iluminação de 27.000 lúmens e Rompedor de alto desempenho — tudo 100% a bateria.

Nosso desafio é levar essas soluções ao maior número de usuários e, até 2030, consolidar a Milwaukee como a marca de ferramentas elétricas de referência no segmento de mineração.

Paula Cristina Dani, CEO da Milwaukee Brasil: “Quando a economia aperta, quem investe em tecnologia sai na frente. É possível entregar mais desempenho, reduzir riscos de acidentes e ainda reter profissionais qualificados. Produtividade com segurança é valor econômico”.

Serviço

Exposibram 2025

  • Abertura: 27 de outubro
  • Evento: 28 a 30 de outubro
  • Local: Centro de Convenções Salvador
  • Endereço: Av. Octávio Mangabeira, 5.490 – Boca do Rio – Salvador – BA

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