A Nvidia voltou a surpreender o mercado ao registrar um salto de 56% em suas vendas trimestrais, atingindo US$ 46,74 bilhões, e consolidando seu papel como protagonista da revolução da inteligência artificial.
Com lucro superior a US$ 26 bilhões e previsão de receita de US$ 54 bilhões para o próximo trimestre, a empresa reforça que os investimentos em infraestrutura de IA seguem em ritmo acelerado. O CEO, Jensen Huang, afirmou que os gastos globais com IA podem chegar a US$ 4 trilhões até o fim da década, destacando que “estamos no início dessa expansão”.
O sucesso da Nvidia está diretamente ligado à explosão da demanda por seus chips, especialmente o novo modelo Blackwell, que tem sido adotado por gigantes como Meta e Google em seus data centers.
A empresa distribui cerca de 72 mil unidades por semana, cada uma avaliada em US$ 30 mil. Mesmo com uma leve queda nas ações após o anúncio dos resultados, o plano de recompra de US$ 60 bilhões em ações sinaliza confiança nas perspectivas futuras. A Nvidia já representa 7,5% do valor do S&P 500, tornando-se um termômetro do mercado de tecnologia.
Apesar dos números impressionantes, a Nvidia enfrenta desafios geopolíticos, especialmente na China, maior mercado de chips do mundo. Restrições impostas pelos EUA impediram vendas do chip H20, feito para empresas chinesas, mas negociações recentes podem destravar até US$ 5 bilhões em receita no país.
Huang estima que o mercado chinês represente uma oportunidade de US$ 50 bilhões este ano, com potencial de crescimento de 50% ao ano. A cautela da empresa em relação à China frustrou investidores, mas o interesse permanece alto — sinal claro de que o boom da IA ainda tem muito fôlego.
