No competitivo universo do franchising, oferecer preço ou produto de qualidade já não basta: é preciso criar memórias. Segundo dados do E-Commerce Trends 2024, 54% dos consumidores deixam de comprar após um atendimento ruim e 46% compartilham essa experiência negativa com amigos. Logo, o marketing sensorial surge como ferramenta estratégica para transformar um simples ponto de venda em uma vivência inesquecível.
Os cinco sentidos – visão, audição, olfato, tato e paladar – tornam-se fortes aliados para gerar vínculos emocionais com o público. A visão é a mais explorada, por meio de identidade visual, cores e iluminação. Mas é o olfato que desperta memórias de forma mais profunda. Um shopping em Curitiba usou aromas e cores diferentes em cada andar do estacionamento para facilitar a lembrança do estacionamento, mostrando como pequenas ações podem gerar impactos duradouros.
Já o paladar oferece resultados imediatos. Não se trata apenas de degustações, mas de despertar desejo através de fotos e até associações olfativas. Uma vez experimentado, o cliente tem mais chances de se fidelizar. Mas muitos empresários esquecem que essa estratégia precisa de sutileza. Exageros – como sons altos, cheiros fortes ou excesso visual – podem repelir em vez de atrair.
Além disso, coerência é palavra-chave. Forçar um sentido sem relação com a marca pode ser ruim. Imagine uma franquia de serviços financeiros com aroma de baunilha no ar: a sensação gerada será confusa, sem ligação emocional real com o negócio. O marketing sensorial exige consistência e autenticidade para funcionar como promessa de marca.
O futuro aponta para experiências ainda mais integradas. Tendências, como a assinatura sensorial – sons, aromas ou texturas exclusivas – e a tecnologia, como realidade aumentada aliada a estímulos físicos, devem moldar as experiências do consumidor. Não é só estar presente; é preciso marcar presença. A franquia que souber falar aos sentidos terá muito mais chances de falar também ao coração – e à memória – do consumidor.