Em Itajaí, litoral de Santa Catarina, a modernização da iluminação pública ganhou um componente estratégico: a sustentabilidade. Desde setembro de 2024, a QLuz Itajaí — concessionária liderada pela Quantum Engenharia — implementou um projeto que reaproveita materiais descartados do sistema urbano, como luminárias, reatores, relés, papelão e plásticos, convertendo resíduos em matéria-prima e receita.
A iniciativa já destinou corretamente 46 toneladas de resíduos, e os recursos obtidos com a venda desses materiais foram utilizados para financiar a descontaminação das lâmpadas, etapa essencial para fechar o ciclo sustentável da operação.
Eficiência econômica com impacto ambiental positivo
Segundo José Edivaldo de Sales Silva, gerente da QLuz Itajaí, o projeto alia responsabilidade ambiental à eficiência operacional. “Nosso compromisso é assegurar que todo o material retirado do campo tenha a destinação correta.
Essa medida evita a contaminação do solo e da água, preserva recursos naturais, reduz emissões de CO₂ e ainda contribui para a economia circular. Ao mesmo tempo, geramos valor que retorna para o próprio processo de modernização”, afirma.
Além de reduzir os custos com descarte, o reaproveitamento dos materiais fornece insumos para a indústria siderúrgica, diminuindo a dependência de recursos naturais e o impacto da mineração. A proposta reforça o papel das cidades como protagonistas na transição para modelos mais sustentáveis de gestão urbana.
Para saber mais sobre a iniciativa, a GZM conversou com José Edivaldo de Sales Silva, gerente da QLuz Itajaí. Confra:
GZM: Quais foram os principais desafios técnicos e logísticos para implementar o reaproveitamento dos resíduos da iluminação pública?
José Edivaldo de Sales Silva: Os principais desafios envolveram a logística reversa dos materiais, especialmente na coleta e separação adequada dos resíduos (como metais, plásticos e componentes eletrônicos). Além disso, foi necessário treinamento operacional das equipes, adequação de processos internos e parcerias com recicladoras.
GZM: De que forma a parceria com a indústria siderúrgica foi estruturada para viabilizar o reaproveitamento dos materiais?
José Edivaldo de Sales Silva: A parceria foi estruturada com base em acordos de fornecimento regular de resíduos metálicos, respeitando critérios técnicos e ambientais . Foram firmados termos de compromisso com rastreabilidade dos materiais, garantindo que o reaproveitamento ocorra de forma segura.