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TikTok à beira de redefinição nos EUA: acordo entre Trump e Xi Jinping pode evitar banimento da plataforma

Sede da ByteDance, proprietária do TikTok, em sua sede de Xangai
Negociação envolve separação da ByteDance, controle do algoritmo e uso político da rede social por Washington

Após uma ligação com o presidente chinês Xi Jinping, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em sua rede Truth Social que os dois líderes avançaram em um acordo para separar o TikTok de sua controladora chinesa, a ByteDance

Embora os detalhes ainda não tenham sido divulgados oficialmente, fontes próximas à negociação indicam que o plano envolve a criação de uma joint venture com investidores americanos, que assumiriam o controle da operação do TikTok nos EUA.

A medida é uma resposta direta à lei aprovada pelo Congresso norte-americano em 2024, que determina o banimento do aplicativo até janeiro de 2025 caso seus ativos não sejam transferidos para uma entidade americana. Trump, que já prorrogou esse prazo diversas vezes, agora busca uma solução definitiva que preserve o funcionamento da plataforma no país.

O que está em jogo vai além da estrutura empresarial. O TikTok se tornou uma ferramenta estratégica de comunicação política, especialmente entre jovens eleitores. O próprio Trump reconheceu que a plataforma teve papel relevante em sua campanha presidencial de 2024, e analistas apontam que o governo americano tem utilizado o TikTok para disseminar mensagens ideológicas e mobilizar públicos específicos.

Segundo a Casa Branca, o novo acordo prevê que o algoritmo do TikTok seja retreinado e operado nos Estados Unidos, fora do alcance da ByteDance. A Oracle será responsável pela gestão dos dados dos usuários americanos, e o conselho da nova empresa será composto majoritariamente por representantes dos EUA.

Apesar do avanço, ainda há pontos sensíveis em discussão, como o licenciamento do algoritmo original da ByteDance e o grau de influência que investidores chineses manterão na operação. A China, por sua vez, afirma que respeita a autonomia das empresas e que qualquer acordo deve seguir as leis locais e equilibrar os interesses comerciais.

A resolução desse impasse é vista como peça-chave para a estabilidade das relações entre EUA e China, e pode ser formalizada durante a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), marcada para outubro na Coreia do Sul.

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