A KPMG acaba de divulgar o relatório “On the 2025 Board Agenda”, que reúne os principais temas que devem ocupar os conselhos de administração ao longo do próximo ano. O estudo, voltado a conselheiros e executivos de alta liderança, destaca os desafios crescentes de governança corporativa em um cenário marcado por instabilidade geopolítica, transformação digital acelerada, pressões regulatórias e expectativas sociais cada vez mais complexas.
Com base em entrevistas, análises de mercado e tendências globais, o relatório aponta que os conselhos precisarão reforçar sua atuação estratégica, com foco em riscos emergentes, sustentabilidade, cultura organizacional e supervisão da performance executiva.
Principais temas na agenda dos conselhos
Segundo o estudo, os conselhos de administração devem priorizar os seguintes eixos em 2025:
- Supervisão da estratégia e da performance: Em tempos de volatilidade, os conselhos devem garantir que a estratégia corporativa esteja alinhada com os riscos e oportunidades do mercado, monitorando indicadores de desempenho com mais agilidade e profundidade.
- Gestão de riscos emergentes: A crescente complexidade dos riscos — incluindo cibersegurança, mudanças climáticas, geopolítica e inteligência artificial — exige uma abordagem mais integrada e proativa por parte dos conselhos.
- Cultura e conduta organizacional: O relatório destaca que a cultura corporativa deve ser tratada como um ativo estratégico. Conselhos devem avaliar se os valores da empresa estão sendo vividos na prática e se há mecanismos eficazes para prevenir condutas inadequadas.
- Diversidade e composição do conselho: A diversidade de gênero, raça, experiência e pensamento é apontada como essencial para decisões mais robustas. A KPMG recomenda que os conselhos revisem sua composição e processos de sucessão com foco em inclusão e renovação.
- Pressões ESG e responsabilidade social: A supervisão das práticas ambientais, sociais e de governança (ESG) continua sendo uma prioridade. Os conselhos devem garantir que a empresa esteja preparada para atender às expectativas de investidores, reguladores e sociedade civil.
- Relacionamento com stakeholders: A transparência e o engajamento com diferentes públicos — acionistas, clientes, colaboradores e comunidades — são fundamentais para a construção de confiança e reputação.
O papel do conselho em tempos de transformação
O relatório da KPMG reforça que os conselhos não podem se limitar a uma atuação reativa ou meramente fiscalizadora. Em um ambiente de negócios cada vez mais dinâmico, espera-se que os conselheiros sejam agentes ativos na formulação estratégica, na antecipação de riscos e na promoção de uma cultura ética e resiliente.
A publicação também alerta para a importância de capacitação contínua dos conselheiros, especialmente em temas como tecnologia, sustentabilidade e regulação. A governança eficaz depende de conselhos bem informados, diversos e preparados para lidar com dilemas complexos.
O estudo “On the 2025 Board Agenda” da KPMG oferece um panorama abrangente dos desafios e prioridades que devem orientar os conselhos de administração no próximo ano. Em um contexto de mudanças aceleradas e expectativas crescentes, a governança corporativa se consolida como um pilar estratégico para a sustentabilidade e a competitividade das empresas.
A publicação completa está disponível neste link