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São Paulo,12/05/2025

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Por que investimento em IA é o novo foco do venture capital?

Por Ana Paula Debiazi, CEO da Leonora Ventures


Por que investimento em IA é o novo foco do venture capital?

Segundo dados do PitchBook, os investimentos em startups de inteligência artificial (IA) aumentaram 27% no terceiro trimestre de 2023, alcançando cerca de US$ 17,9 bilhões. O interesse dos investidores tem se concentrado especialmente nas empresas em estágios iniciais, com o objetivo de identificar e impulsionar negócios de alto potencial.

O movimento reflete a confiança no impacto de longo prazo da tecnologia, impulsionado pela maior disponibilidade de dados, pelo progresso dos algoritmos e crescimento da capacidade computacional. Com esse cenário, a IA segue como um dos campos mais promissores para aportes em venture capital. 

O entusiasmo em relação à IA tem sido comparado ao surgimento da internet, com muitos investidores acreditando que estamos apenas no começo da nova revolução tecnológica. O avanço da digitalização e a crescente demanda por automação nos processos empresariais impulsionam a adoção de soluções baseadas em IA e criam um cenário favorável para aportes.  


Segmentos em destaque 

A inteligência artificial vem sendo aplicada em diversos setores, como saúde, finanças, varejo e manufatura, atraindo o interesse dos investidores. O foco tem se voltado cada vez mais para soluções que resolvem problemas reais e agregam valor aos clientes.

Uma das áreas mais impactadas é a das fintechs, onde a tecnologia está sendo usada para otimizar processos, melhorar a experiência do usuário e aumentar a segurança das transações financeiras. Exemplo disso é o uso de algoritmos de IA na análise de crédito, permitindo avaliações mais precisas de risco e ampliando o acesso ao crédito para públicos que tradicionalmente enfrentam barreiras no sistema financeiro. 

Além disso, a IA tem transformado o atendimento ao cliente nas fintechs, com chatbots e assistentes virtuais que oferecem suporte 24/7, aumentando a eficiência operacional e reduzindo custos.

A capacidade de processar grandes volumes de dados em tempo real permite identificar padrões e tendências, auxiliando na tomada de decisões estratégicas e na personalização de serviços. Essa integração não só melhora a eficiência, mas também abre novas oportunidades de negócios e modelos de receita.  

Paralelamente, segmentos como biotecnologia e saúde continuam atraindo investimentos, especialmente em pesquisa e desenvolvimento de novas terapias, diagnósticos e tecnologias médicas, impulsionados desde a pandemia. Da mesma forma, o aumento das tensões geopolíticas intensifica o interesse em tecnologias de defesa, incluindo sistemas autônomos, cibersegurança e IA. 


O que acontece no Brasil? 

No Brasil, as fintechs continuam em crescimento, impulsionadas por inovações regulatórias que modernizam o setor financeiro. O agronegócio, fundamental para a economia, apresenta grande potencial para adoção de tecnologias que aumentem a produtividade e a sustentabilidade. No varejo, a digitalização e a expansão dos e-commerces seguem transformando o mercado, enquanto setores tradicionais, como logística e construção, ainda têm espaço para avanços na automação e na transformação digital.  

Nesse cenário, a IA se consolida como um dos principais motores da inovação no país. Gestores públicos e lideranças empresariais demonstram maturidade cada vez maior em relação à tecnologia, promovendo um ambiente econômico mais competitivo e inovador, tornando o país referência em IA na América Latina. 

O investimento em inteligência artificial segue como prioridade no venture capital, impulsionado pela crescente integração da tecnologia em diversos setores. Startups focadas em soluções práticas para áreas como saúde, logística e educação estão bem posicionadas para atrair capital, enquanto a demanda por automação e produtividade reforça o interesse por aplicações que otimizem operações empresariais.

Os investidores buscam não apenas inovação, mas também a adaptação da IA às necessidades do mercado local. O futuro dos investimentos em IA é promissor, e aqueles que souberem navegar nesse cenário terão uma vantagem competitiva significativa. 


Ana Paula Debiazi é CEO da Leonora Ventures, corporate venture builder catarinense que tem a missão de impulsionar o crescimento de startups que atuam com tecnologias inovadoras no setor de varejo, logística e educação. E-mail: leonoraventures@nbpress.com.br 




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