Colóquio internacional debate resiliência urbana e crise ambiental na América Latina
A segunda edição do colóquio realizado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, entre os dias 7 e 9 de maio, avançou na proposição de alternativas para os ecossistemas urbanos

Depois de sua primeira edição, em janeiro de 2024, na Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), o II Colóquio Internacional de Resiliência Urbana e Crise Ambiental foi realizado entre os dias 7 e 9 de maio, no formato híbrido, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e de Design (FAU) da USP. O evento reuniu pesquisadores nacionais e internacionais para discutir questões interdisciplinares e avançar em alternativas para os ecossistemas urbanos, que considerem condições socioeconômicas, políticas e de gestão, e contribuições culturais, buscando a superação de desigualdades socioambientais e injustiça social, sobretudo em cidades latinoamericanas.
A proposta inicial do colóquio surgiu dos professores Elena Tudela (Laboratorio de Entornos Sostenibles de la Facultad de Arquitectura), Luis Zambrano e Miguel Rivas (Laboratorio de Restauración Ecológica, Instituto de Biología), e nesta segunda edição, ocorrida em formato híbrido, foram realizadas oito mesas temáticas nos dois primeiros dias, e uma visita técnica, no último dia, ao Distrito de Perus para conhecer suas ações socioambientais e lutas sociais.
Na programação foram debatidos diversos temas. Degradação de biomas/desconstrução da legislação ambiental e mudanças climáticas, com Marcos Reis Rosa, do PPGF, coordenador MapBiomas; Luis Zambrano Gonzáles, do Laboratório de Restauração Ecológica da UNAM; Diane E. Davis, da Harvard University, dos Estados Unidos);e Martin Scarpacci, do Centro de Estudos Avançados para AL-Calas, Centro Maria Sibylla Merian de Estudos Latino-Americanos Avançados em Humanidades e Ciências Sociais do México; e moderação de Ana Cecília Mattei de Arruda Campos, do Quaá, FAU. Risco e vulnerabilidade socioterritorial: injustiça, desigualdades sociais e violência na urbanização de áreas ambientalmente sensíveis, com Fernando Puente, da Universidad Central del Ecuador; Juan Sebastian Bustamante, coordenador do Urbam /Eafit, do Centro de Estudos Urbanos e Ambientais da Colômbia; Luciana Travassos, da Universidade Federal do ABC; e Jordala Zola, da Secretaria Nacional de Periferias/MCid, com moderação de Maria Lucia Rodrigues Refinetti Martins, do Laboratório de Habitação e Assentamentos Humanos (LabHab) da FAU.
A mesa 3 discutiu os Sistemas de Espaços Livres e estruturação territorial, com os palestrantes Vera Regina Tângari, do ProLugar+SELRJ – Programa de Pós-Graduação em Arquitetura (Proarq) da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Juan Manuel Nuñez, do Laboratório Centrus, da Universidade Iberoamericana do México; Juliana Gómez Aristizábal, líder de Projetos Urbam /Eafit, Centro de Estudos Urbanos e Ambientais da Colômbia; e María del Pilar Restrepo, Unidade de Conservação de Água/EPM, da Colômbia, moderação de Fábio Maris Gonçalves, do Quapá FAU. Políticas públicas: ambiental, transição energética, construção e transporte urbano e o papel, foi tema de Jimena de Gortaria, da Coordenação de Pesquisa da Universidad Iberoamericana do México; Miguel Ignacio Rivas Bejarano, Laboratório de Restauração Ecológica da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM); Ana Nassar, do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP) Brasil; e Adriana Hansen, do Centro de Tecnologia de Edificações (CTE), e moderação de João Fernando Pires Meyer, do Núcleo de Apoio à Pesquisa Produção e Linguagem do Ambiente Construído (Napplac) da FAU
Povos indígenas/tradicionais e preservação ambiental foi o assunto de Ana Claudia Duarte Cardoso, do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Pará (UFPA); Rita Montezuma, do Departamento de Geografia da Universidade Federal Fluminense (UFF); Gabriela Duque, da Universidad Central del Equador; e Celia Arteaga, do laboratório Centrus, da Universidade Iberoamericana, do México, e contou com moderação de Mônica Antonia Viana, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Católica de Santos (Unisantos).
Passado, presente e futuro: grandes desastres ambientais e alterações climáticas teve como palestrante Elena Tudela Rivadeneyra, do Laboratório de Meio Ambiente Urbano e Ambientes Sustentáveis, da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM); Mayumi Cursino de Moura Hirye, do Instituto do Meio e Sustentabilidade (Institute of the Environment and Sustainability) da University of California, nos Estados Unidos; Fernando Freitas Fuão, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); e Luis Zambrano, do Laboratório de Restauração Ecológica, da UNAM, com moderação de Eugenio Fernandes Queiroga, do Quapá da FAU USP. E a última mesa, Ciência e Comunicação: terraplanismo/negacionismo – (des)construção do agenda ambiental, apropriação da mídia, contou com a participação de Eugênio Bucci, Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP; Laura Ceneviva, da assessoria técnica em mudanças climáticas da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, da Prefeitura de São Paulo; Jaime Hernández, da Pontifícia Universidade Javeriana, da Colômbia; e Iara Moura, do Coletivo Brasil de Comunicação Social Intervozes, com moderação de Katia Canova, da Quapá, Rede Choros e Cátedra ETI Sorbonne, França.
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