Participar do Web Summit Rio 2025 foi uma experiência que reforçou a essência da empresa onde sou CBOO. Como startup de core banking, estamos construindo infraestrutura tecnológica para revolucionar um setor estagnado, e o evento ecoou essa missão, reunindo os principais players e tendências globais. O Web Summit confirmou não apenas que a inovação é uma urgência, mas também que a disrupção chegou ao centro da mesa — e quem não se adaptar vai assistir de fora a próxima rodada de transformação.

A atmosfera foi vibrante e futurista, marcada por conexões genuínas entre pessoas e negócios. Um dos nossos highlights foi apresentar a startup no palco principal e, assim,  ocupar um espaço que no Brasil ainda é pouco explorado por empresas de infraestrutura financeira, mas essencial para a transformação do setor. 

O que vai moldar o futuro?

Das tendências que pautaram o evento, três se destacam como definidoras do próximo ciclo tecnológico:

IA como infraestrutura real: o painel “AI and the Digital Economy” trouxe um dado contundente: 70% das empresas que aplicaram IA de forma estruturada tiveram ganhos de +15% em eficiência operacional. Isso comprova o que já vivemos aqui na empresa — a inteligência artificial não é futurismo, mas uma ferramenta atual para produtos e interações com clientes;

“Think global, act local”: essa frase ressoou na minha mente e sintetiza o mindset do que acredito como cofounder na Lerian, ou seja, fazer bem feito no local para escalar com consciência. Para nós, isso significa criar tecnologia com DNA latino-americano, mas que se conecta com qualquer operação global.

O boom da infraestrutura B2B em alta velocidade: ver outras startups como a nossa, mergulhadas em desafios técnicos profundos, foi revelador. A onda de empreendedores mirando o B2B não é um acaso — é a confirmação de que esses players não só dominarão o mercado, mas ditarão o ritmo da transformação digital nos próximos anos.

A palavra-chave? Adaptabilidade

Agora, se há uma palavra que define o Web Summit Rio 2025, esta é adaptabilidade. A velocidade das mudanças, impulsionada pela IA e por novas demandas do mercado, exige que empresas e profissionais abracem a flexibilidade. Como disse em um dos debates: “A única constante é a mudança” — e isso nunca foi tão verdade.

O evento reforçou que estamos no caminho certo ao integrar IA em nosso core, mas também abriu horizontes para soluções ainda mais diversificadas. As conversas com investidores, parceiros e especialistas abriram novos horizontes e nos deram ainda mais clareza sobre o caminho que estamos trilhando, onde a disrupção é o novo normal.

Definir em uma frase tudo o que vivemos? O futuro pertence aos que se adaptam — e nós estamos prontos para escrevê-lo, com coragem, inteligência e colaboração.

Marilyn Hahn é CBOO e cofundadora da Lerian, startup pioneira em infraestrutura financeira open source, com ampla experiência no setor fintech, incluindo passagens como CSO e CRO no Bankly (BaaS), Business Development Manager nas Américas pela Mambu e atuação em Stone. Atualmente, também integra conselhos como o da Finscale e de outras organizações do ecossistema financeiro. Economista pela UFSC, possui MBA pela FGV e COPPEAD/UFRJ, além de especialização em gestão de negócios pelo MIT Sloan, combinando expertise técnica com visão estratégica para impulsionar inovação no setor bancário.