Prudential aposta em inovação e embarca com FGV no IISR
Instituto de Inovação em Seguros e Resseguros da Fundação Getulio Vargas (FGV IISR) atua como um ecossistema estratégico de pesquisas e debates para o mercado de seguros e resseguros no país.

A Prudential do Brasil oficializou sua entrada como membro do Instituto de Inovação em Seguros e Resseguros da Fundação Getúlio Vargas (FGV IISR), para reforçar sua participação no debate sobre os rumos do setor de seguros no Brasil. Como uma das mantenedoras, a companhia contribuirá com pesquisas e iniciativas voltadas ao desenvolvimento e fortalecimento da indústria de seguros e resseguros.
A integração da Prudential ao Instituto marca um avanço na colaboração entre mercado e academia, permitindo que reguladores, pesquisadores e profissionais do setor aprofundem discussões sobre tendências e desafios estratégicos.
Entre os temas abordados pelo FGV IISR, destacam-se a nova Lei do Contrato de Seguros, governança regulatória, impactos econômicos do open insurance, reforma tributária, cibersegurança e mudanças climáticas.
A diretora de Pesquisa e Inovação da FGV, Goret Paulo, ressaltou a importância da parceria e destacou que a empresa pode contribuir significativamente para a evolução do setor, especialmente no segmento de seguro de vida, um produto essencial no planejamento financeiro dos brasileiros, mas ainda pouco presente — com apenas 18% da população contando com esse tipo de proteção.
Além de fortalecer debates técnicos, o FGV IISR busca oferecer soluções concretas para desafios enfrentados pela indústria de seguros. Com mais de 70 centros de pesquisa e 11 escolas acadêmicas, a FGV atua na produção de dados e promoção de fóruns estratégicos, ampliando o diálogo entre diferentes players do setor.
Ao longo dos últimos anos, o Instituto tem publicado estudos e realizado eventos que acompanham transformações regulatórias e econômicas, garantindo que o mercado brasileiro esteja preparado para as mudanças globais que impactam o setor de seguros.
Com a entrada no Instituto, a Prudential do Brasil espera reforçar o compromisso da empresa com a inovação e o aprimoramento das práticas do setor, realizando uma participação ativa na formulação de políticas e estratégias para um mercado mais sólido e dinâmico.
Para sabermos mais detalhes dessa iniciativa, conversamos com Goret Pereira Paulo, membro do Conselho Consultivo do Instituto e Diretora de Pesquisa e Inovação da FGV, e Antonio Rezende, vice-presidente jurídico e de relações institucionais da Prudential do Brasil
GMD: De que forma essa parceria pode fortalecer o setor de seguros e resseguros no Brasil?
Goret: O FGV IISR tem como objetivo desenvolver pesquisas que tenham como resultados produtos e serviços inovadores para a indústria de seguros e resseguros no Brasil. O primeiro passo para o desenvolvimento destas pesquisas é a definição do desafio que deve ser superado com os resultados gerados por estas pesquisas. Neste momento a interação entre a academia e empresas do setor, como é o caso da parceria FGV- Prudential, é essencial para que as pesquisas alcancem o esperado impacto na sociedade contribuindo para o desenvolvimento econômico do setor e sócio econômico do país.
GMD: Qual é a importância de uma seguradora se conectar com uma instituição acadêmica como a FGV? Que tipo de intercâmbio de conhecimento pode ocorrer nessa colaboração?
Goret: os pesquisadores da FGV utilizam o conhecimento acumulado ao longo de sua carreira acadêmica de excelência para avançar na fronteira do conhecimento e, ao mesmo tempo, resolver os desafios enfrentados pelas empresas de seguros e resseguros. Desta forma suportam o crescimento das empresas e a expansão do mercado. As empresas contribuem com a geração de conhecimento através da identificação e priorização dos problemas a serem resolvidos pelos pesquisadores.
GMD: O que motivou a Prudential do Brasil a se tornar uma das mantenedoras do Instituto de Inovação em Seguros e Resseguros da FGV?
Rezende: A Prudential chegou ao Brasil há 27 anos e, desde então, busca fomentar o desenvolvimento do mercado de seguros como um todo. A intenção da companhia é colaborar com o aprimoramento constante do setor, especialmente, de segmentos que têm grande potencial para contribuir com a proteção financeira dos brasileiros, como é o caso do seguro de vida, presente no planejamento financeiro de apenas 18% da população. O Instituto de Inovação em Seguros e Resseguros desempenha um papel relevante para o mercado segurador e ressegurador do país ao realizar pesquisas e debates com foco no desenvolvimento e fortalecimento da nossa indústria.
GMD: Como a empresa pretende contribuir para a rede de produção de conhecimento e debates promovida pelo Instituto? De que forma essa parceria pode fortalecer o setor de seguros e resseguros no Brasil?
Rezende: Acreditamos que a aproximação da academia com o mercado enriquece a produção de conhecimentos, saberes e conteúdos que inspirem a busca por soluções práticas para expandir a cobertura de seguros no país.
GMD: Existe a expectativa de desenvolvimento de estudos exclusivos ou projetos inovadores entre a Prudential e o Instituto?
Rezende: Em seu histórico, Prudential e FGV já firmaram parceria em outros projetos. No caso específico do Instituto, a proposta neste momento é somar esforços ao grupo de mantedores do Instituto para contribuir de maneira mais específica com elementos sobre a proteção financeira que os seguros oferecem às pessoas – que é a especialidade da Prudential. Temos mais de 150 anos de história no mundo, protegendo famílias e negócios, e mais de 27 anos no Brasil, com a mesma missão. Comparado a outras nações, nosso país ainda conhece e aproveita pouco a segurança que o seguro de vida pode proporcionar. Nos Estados Unidos, cerca de 60% da população conta com a proteção financeira, enquanto, no Japão, esse índice chega a 90%. Isso mostra a necessidade de democratização do seguro de vida no Brasil e aponta um caminho para academia e seguradoras entenderem como aumentar o entendimento sobre o produto e ampliar sua capilaridade no país.
GMD: De que maneira essa parceria pode influenciar a estratégia de negócios da Prudential no Brasil? A empresa espera que os insights gerados pelos estudos da FGV possam impactar diretamente suas decisões operacionais e comerciais?
Rezende: Trata-se de uma parceria institucional na qual a Prudential passa a integrar o grupo de mantenedores do Instituto, formado por diferentes players do mercado de seguros. Decidimos nos juntar ao grupo pois acreditamos na cooperação com a academia na promoção de insights e conteúdos que apoiem a expansão da cobertura securitária no País.
GMD: Com base nas análises do Instituto, há planos para ajustar produtos ou desenvolver novas soluções para atender melhor os consumidores?
Rezende: Os clientes estão no centro da cultura da Prudential. Em tudo o que fazemos, buscamos oportunidades de aprimoramento para entregar aos nossos segurados o melhor atendimento e a melhor proteção sempre. A contribuição da Prudential, neste momento, será colocar à disposição do grupo os saberes somados com a experiencia de quem há 150 anos comercializa seguros de vida.
GMD: A parceria com a FGV pode abrir caminhos para outras iniciativas da Prudential voltadas à inovação e ao aprimoramento do setor de seguros?
Rezende: Acompanhamos o setor e estamos sempre atentos às iniciativas que ajudam a desenvolver a nossa indústria e a pensar o futuro do setor. Como exemplo é ativa na participação associativa: a Prudential integra o Conselho Diretor da CNSeg, responsável pelo Plano de Desenvolvimento do Mercado Segurador, também integra a Diretoria Estatutária da Fenaprevi. Há uma atuação firme na cooperação com as pautas do setor, a exemplo da Casa do Seguro, que tem a Prudential como uma das empoderadoras. A Casa do Seguro, projeto inovador da CNseg que vai discutir e apresentar soluções de seguros para a mitigação dos efeitos da transição climática durante a realização COP30, em novembro, na cidade de Belém.
GMD: Além do seguro de vida, que atualmente está presente no planejamento financeiro de apenas 18% da população, há expectativas de que essa parceria ajude a expandir o acesso e conscientização sobre outros tipos de seguros?
Rezende: Os pesquisadores do instituto buscam resolver problemas e contribuir para soluções de desafios de toda a indústria de seguros. Esperamos, junto à FGV, colaborar para ampliação do acesso dos brasileiros às diferentes proteções financeiras e desenvolvimento de inovações para melhor atender a população e estimular o avanço socioeconômico do país. Quando um ramo avança, o setor avança.