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São Paulo,15/05/2025

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Por dentro do setor aéreo no 1T25

Números mostram crescimento, mas também desafios para as companhias


Por dentro do setor aéreo no 1T25 Aeronaves das empresas no aeroporto em Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Todas as companhias registraram aumento na capacidade ofertada (ASK) e no número de passageiros.

O setor de transporte aéreo no Brasil começou 2025 com crescimento sólido em passageiros e receita, mas enfrentando desafios financeiros e operacionais. As três principais companhias do país — Azul, LATAM e GOL — divulgaram seus resultados, trazendo um panorama do desempenho do mercado e das estratégias adotadas para os próximos meses.


Crescimento no número de passageiros e expansão internacional

Todas as companhias registraram aumento na capacidade ofertada (ASK) e no número de passageiros. A Azul transportou 8 milhões de passageiros, alta de 9,8% em relação ao 1T24. A GOL também atingiu a marca de 8 milhões, com crescimento de 11%, enquanto a LATAM, maior player do setor, movimentou 21 milhões de passageiros, um avanço de 3,6%.

O mercado internacional foi uma prioridade para Azul e GOL. A Azul expandiu sua operação global em 39,2%, enquanto a GOL aumentou sua oferta internacional em 46,7%, com novas rotas para Caracas e Bariloche. A LATAM, por sua vez, cresceu 10,7% nos voos para outros países, consolidando sua liderança na América Latina.


Resultados financeiros e desafios operacionais

Apesar do aumento na demanda, os desafios financeiros seguem pesando sobre o setor. A Azul reportou um prejuízo líquido de R$1,8 bilhão, impactada pelo câmbio e custos elevados. A GOL, que segue em processo de reestruturação no Chapter 11, teve lucro líquido de R$1,38 bilhão, mas viu sua dívida líquida subir para R$31,2 bilhões, um aumento de 43,7%.

Já a LATAM foi a única a apresentar lucro líquido positivo, totalizando US$355 milhões (+37,6%). A companhia destacou seu fortalecimento financeiro, com redução de 4,8% na dívida líquida e melhor gestão de custos.


Rentabilidade e eficiência operacional

A rentabilidade do setor apresentou contrastes. A LATAM manteve uma margem operacional de 16,8%, enquanto a Azul e a GOL tiveram quedas em seus indicadores financeiros. A GOL, por exemplo, viu sua margem operacional cair para 9,5%, reflexo da inflação e custos com combustível.

Por outro lado, a pontualidade e a experiência do cliente foram aprimoradas. A GOL atingiu 89,4% de pontualidade, sendo a mais eficiente do Brasil no período. A Azul apostou na renovação da frota, com 80% das aeronaves de última geração, e a LATAM ampliou suas operações com aquisição de 26 novas aeronaves.


Projeções para o setor aéreo em 2025

O segundo trimestre de 2025 promete ser um período crucial para as companhias aéreas brasileiras. A Azul aposta na recuperação da rentabilidade e no aumento das receitas de cargas e programas de fidelidade. A GOL segue focada em sua reestruturação financeira e expansão internacional, enquanto a LATAM deve consolidar ainda mais sua posição de liderança regional.

A alta da taxa de juros e os impactos cambiais podem seguir como desafios, mas a retomada do turismo internacional e a busca por eficiência logística devem impulsionar o setor nos próximos meses.

Abaixo uma tabela resumida com os dados das empresas:


Receita e Rentabilidade

Indicador

Azul

LATAM

GOL

Receita operacional

R$ 5,4 bilhões (+15,3%)

US$ 3,41 bilhões (+2,7%)

R$ 5,6 bilhões (+19,4%)

EBITDA

R$ 1,4 bilhão (-2,1%)

Não divulgado

R$ 1,54 bilhão (+17,4%)

EBITDAR Ajustado

Não divulgado

US$ 962 milhões (+20,9%)

Não divulgado

Lucro líquido

-R$ 1,8 bilhão

US$ 355 milhões (+37,6%)

R$ 1,38 bilhão (-63,7%)

Margem operacional ajustada

Não divulgado

16,8% (+2,9 p.p.)

9,5% (-7,6 p.p.)

Liquidez

R$ 2,3 bilhões

US$ 2,15 bilhões (+9,6%)

R$ 2,06 bilhões (-4,3%)





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